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China poderá estar interessada no porto da Praia da Vitória
O interesse em atrair a China para os portos portugueses tem vindo a ser manifestado em vários momentos pela Presidência da República e pelo governo português, sendo que Sines e o porto de águas profundas da Praia da Vitória, no Açores, são vistos como infra-estruturas com capacidade de atracção de empresas chinesas, escreve o jornal Dinheiro Vivo, a propósito da visita do Presidente da China, que hoje chega a Portugal.
Empresas chinesas – nomeadamente, a Cosco – têm já presença em portos espanhóis como o de Valencia, no entanto o governo de Espanha, onde Xi Jinping se deslocou no final do mês passado, rejeitou a assinatura de um memorando de entendimento para a inclusão do país na iniciativa Faixa e Rota.
A decisão foi tomada por Madrid devido ao facto de a União Europeia ter, ela própria, lançado uma iniciativa de promoção de infraestruturas nos corredores euroasiáticos, adianta o jornal.
Por outro lado, a China tem vindo a manifestar interesse em cooperar com os Açores no âmbito do “Air Center” mas não integra “para já” o projecto.
A China esteve representada na primeira reunião ‘Atlantic Interactions’, na ilha Terceira, em Abril de 2017, mas “não integra, para já”, o Air Center – Centro de Investigação Internacional do Atlântico, segundo fonte do governo dos Açores.
Elementos de uma comitiva do Ministério da Ciência e Tecnologia da China e da Academia de Ciência Chinesa estiveram, entretanto, nos Açores, em Dezembro de 2017, tendo sido anunciado em Maio, que o governo português pretende desenvolver parcerias com a China e com a Índia no âmbito do “Air Center” e do programa espacial português.
Segundo a mesma fonte, nesse contexto avançou em Novembro a criação do STARLab, um laboratório de investigação e desenvolvimento tecnológico para o espaço e para os oceanos e que é uma iniciativa conjunta de Portugal e a China.
Na fundação do “Air Center” estão envolvidos os governos de Portugal, Brasil, Espanha, Angola, Cabo Verde, Nigéria, Uruguai, São Tomé e Príncipe, a par do Governo dos Açores.
Prevê-se que venham integrar o “Air Center” a Nigéria, Angola, Namíbia e África do Sul, estando em curso o processo de selecção do CEO, que será concluído ainda este ano, para em 2019 proceder-se a seleção do CSO (Chief Scientific Officer), do CBO (Chief Business Officer) e da restante equipa operacional.
Fonte: Diário dos Açores