-
Procissão e Cortejo Náutico Nossa Sra da Guia na cidade da Horta - 30 de Julho, 2024
-
Fecho da quota de pesca de Atum-Patudo - 8 de Maio, 2024
-
Aviso de fecho da quota de bycatch de Atum Rabilho - 8 de Maio, 2024
-
Capturas acessórias de atum patudo - 26 de Abril, 2024
-
Restrições ao exercício da pesca dirigida ao atum-patudo - 26 de Abril, 2024
-
Fecho da quota de Atum Rabilho - 18 de Abril, 2024
-
Pescadores dos Açores estão preocupados com novas áreas marinhas protegidas e pedem revisão - 31 de Agosto, 2023
-
Semana do Mar 2023: Cortejo Náutico Nossa Senhora da Guia - 4 de Agosto, 2023
-
Fecho da quota do Espadarte - 7 de Junho, 2023
-
Fecho da pesca de Atum Patudo - 2 de Junho, 2023

Cooperação entre Açores e Cabo Verde é fundamental para a conservação de grandes pelágicos, afirma Diretor Regional dos Assuntos do Mar
O Diretor Regional dos Assuntos do Mar afirmou que a cooperação entre os Açores e Cabo Verde, as duas regiões mais distantes da Macaronésia, “é fundamental para a conservação das espécies comuns aos dois arquipélagos, como os grandes pelágicos”, nomeadamente cetáceos, tubarões e jamantas.
Filipe Porteiro frisou que o Governo dos Açores tem desenvolvido políticas de conservação destas espécies e de promoção sustentável de atividades marítimo-turísticas que assentam na sua observação.
O Diretor Regional, que participou, na ilha da Boavista, no Encontro sobre Conservação de Espécies Migratórias Marinhas e seus Habitats, promovido Direção Nacional do Ambiente, do Ministério de Agricultura e Ambiente do Governo de Cabo Verde, defendeu que “a partilha desta experiência é vista como relevante pelas entidades governamentais com responsabilidade na gestão do ambiente marinho de Cabo Verde”.
Filipe Porteiro disse que Cabo Verde pretende estruturar e regulamentar a sua indústria de observação de cetáceos, que está em expansão, estando também numa fase de designação e gestão das suas áreas marinhas protegidas, sendo que, neste contexto, pretende conhecer “os processos operacionais, administrativos e legais implementados pelo Governo dos Açores para estas atividades”.
“Tivemos oportunidade de explicar de que forma a observação de cetáceos é gerida e promovida nos Açores, enquanto atividade sustentável, baseada no respeito pelos animais, salvaguardando o seu bem-estar, passando também uma mensagem da relevância da conservação do meio marinho”, disse.
A partilha de informação relativamente às Áreas Marinhas Protegidas foi, segundo Filipe Porteiro, considerada “estratégica”, frisando que “a experiência dos Açores nesta matéria, que necessita naturalmente de ser aprofundada num quadro de gestão adaptativa, foi também recebida com muito interesse pelos participantes deste encontro, que ficaram de estudar a sua aplicação ao território” deste arquipélago africano.
Para além de uma história comum em diversas áreas, como durante a saga da baleação americana no Atlântico e, como consequência, no estabelecimento de diásporas irmãs nas cidades outrora baleeiras da Nova Inglaterra, Cabo Verde e os Açores partilham de um contexto biogeográfico comum, com problemáticas semelhantes derivadas da sua insularidade e de estruturas socioeconómicas fragmentadas, dispersas por ilhas e de uma maritimidade forte que incute uma aptidão excecional para o mar.
Segundo o Diretor Regional, este encontro serviu também “para se estabelecerem outras pontes que darão continuidade e substância a esta aproximação entre os dois arquipélagos”.
No Encontro sobre a Conservação de Espécies Migratórias Marinhas e seus Habitats participou também Pedro Afonso, cientista do IMAR/DOP da Universidade dos Açores, considerado um especialista de renome internacional na investigação de grandes pelágicos migradores que, ecologicamente, partilham os dois arquipélagos, ou seja, invernam em Cabo Verde e migram para os Açores durante a época quente para alimentação e reprodução.
Fonte GaCS