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Costa portuguesa perdeu 55% de sardinha nos últimos dez anos
A quantidade de sardinha diminuiu mais de 50% na costa portuguesa nos últimos dez anos, sendo o Centro e o Sul do país as zonas mais afetadas, segundo dados do Ministério da Agricultura e das Pescas.
O volume de sardinha nas águas portuguesas decresceu em média 55% entre 2002 e 2011, revelou à agência Lusa o ministério, com base nos dados das campanhas de investigação do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR).
O decréscimo acentuou-se mais no Algarve (78%), seguindo-se as zonas Centro (53%) e Norte (48%).
Segundo a tutela, “verifica-se que na zona Centro e no Algarve há uma tendência decrescente ao longo do período, enquanto no Norte se verifica uma flutuação”.
A redução do pescado é justificada com uma “diminuição de longo prazo do stock ibérico”, o que explica que, na costa espanhola, o decréscimo seja mais acentuado, atingindo os 77% na última década.
O fenómeno, acentuado sobretudo nos últimos seis anos, deriva de “sucessivos recrutamentos baixos e não de uma pesca excessiva”, explicou o IPIMAR, segundo o qual existe uma relação “entre a diminuição do recrutamento e o aumento da temperatura”, que motivam uma “reduzida produtividade das águas”.
A diminuição de sardinha nas águas portuguesas tem contribuído também para a redução, ainda que menos acentuada, do número de capturas.
Estatísticas da Direção Geral dos Recursos Marinhos apontam para uma redução de 7% dos desembarques na última década. Enquanto a quantidade de sardinhas capturadas entre 2002 e 2004 era de 65 mil toneladas por ano, esse valor baixou para 61 mil toneladas entre 2009 e 2011.
Contudo, existem variações ao longo da costa portuguesa. O número de desembarques aumentou 19% nesse período no Norte do país (de Caminha a Figueira da Foz), ao contrário do Centro (de Peniche a Sagres) e Sul (de Sagres a Vila Real de Santo António), onde as capturas diminuíram, respetivamente, 28% e 41%.
Em Espanha, os desembarques diminuíram 22% no mesmo período.
A redução de capturas deve-se também à redução de embarcações de pesca e às restrições impostas ao licenciamento de barcos para a pesca do cerco, às regras impostas à dimensão das artes de cerco, para proteger as espécies juvenis, e do próprio pescado.
Com vista a manter uma exploração sustentável dos recursos, o Estado tem imposto restrições às próprias capturas, com a interdição da pesca da sardinha entre 15 de fevereiro e 30 de abril.
A sardinha é a principal espécie capturada na costa marítima portuguesa pelas embarcações nacionais, que faturam por ano quase 50 milhões de euros, e é a única espécie de peixe em toda a Península Ibérica a ter, desde 2010, certificação de qualidade.
Fonte: SAPO Notícias