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Dez toneladas de atum rabilho descarregadas no último fim-de-semana no porto de Ponta Delgada
Pescadores de atum dos Açores desembarcaram, no fim-de-semana, cerca de 10 toneladas de atum rabilho, alguns dos quais com mais de 300 quilos.
Entre as embarcações que capturaram estas toneladas, está a de boca-aberta ‘Santo Cristo 1’, de sete metros de comprimento, pertencente ao mestre Milton César, com os ajudantes João Silva e Diogo Quaresma, que saiu na madrugada de anteontem do porto da Lagoa, tendo chicharro e cavala como isco vivo.
Entre as 3 e as 5 milhas ao largo da Lagoa, os tripulantes da ‘Santo Cristo 1’ foram confrontados, ao amanhecer, com um cardume de rabilhos quase à superfície das águas do mar a alimentarem-se de uma bola de chicharro. Aproveitando o momento, lançaram a linha com chicharro vivo e uma lula viva. Passado pouco tempo, um dos anzóis com chicharro foi mordido por um rabilho com cerca de 170 quilos e 1,95 metros de comprimento.
O atum rabilho deu luta durante quase duas horas aos três pescadores que estiveram a puxar a linha à mão com luvas. Esta é uma operação muito perigoso porque há sempre o risco de a linha cortar a luva e rasgar a mão.
Os três tripulantes sangraram o rabilho a bordo e transportaram-no, a bordo da ‘Santo Cristo 1’ para o porto de Ponta Delgada onde chegaram ao princípio da manhã. Os armadores e pescadores contactados pelo ‘Correio dos Açores’ no cais do porto de Ponta Delgada manifestaram descontentamento pelas grandes demoras que tem havido entre o momento da descarga do atum rabilho, a acção da Inspecção Regional das Pescas e o momento da venda. Alegam que a Inspecção Regional das Pescas demora demasiado tempo a verificar documentos e a certificar cada um dos peixes de cada embarcação, quando, para esta espécie, o tempo é qualidade e qualidade é muito dinheiro.
No caso da ‘Santo Cristo 1’, os seus tripulantes esperaram largas horas até que o seu atum ficasse disponível para venda. Por isso, em vez dos 14 a 16 euros por quilo de atum rabilho em lota, devido à demora, acabaram por vender o peixe à volta 8 euros o quilo.
Os armadores e pescadores, contactados pelo repórter, disseram que, não fora a pescaria do rabilho, e a safra das últimas semanas teria sido muito fraca.
Fonte: Correio dos Açores / PM/JP