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Dispositivo inovador de recolha de lixo marinho testado em Rabo de Peixe

Dispositivo inovador de recolha de lixo marinho testado em Rabo de Peixe

As direções regionais das Pescas e dos Assuntos do Mar, em parceria com Fundação Waste Free Oceans e a Associação Sete Mares dos Açores, testaram, pela primeira vez, no porto de pesca de Rabo de Peixe, uma tecnologia inovadora para a recolha de plástico no mar, envolvendo a comunidade piscatória local.

Para o Diretor Regional das Pescas, “ensaiar um dispositivo de recolha de plásticos no mar faz dos Açores uma região na vanguarda da preocupação [com o lixo marinho]”.

Segundo Luís Rodrigues, esta iniciativa, intitulada ‘Clean Up the Azores’, “consubstancia-se numa estratégia ligada à luta contra o lixo no mar”, acrescentando que o Executivo açoriano “se preocupa com a forma como tratamos os oceanos”.

“Todo o plástico recolhido é transformado em pequenas ‘células’ e é reciclado e depois fará parte de uma peça de mobiliário”, adiantou, acrescentando que o processo se integra na lógica da economia circular.

O dispositivo, desenvolvido pela Waste Free Oceans, é semelhante a uma rede de arrasto que recolhe lixo à superfície do mar, sendo que a ação de limpeza é desenvolvida por pescadores locais com as suas embarcações.

O Diretor Regional destacou, por isso, o envolvimento dos pescadores nesta iniciativa, referindo que são “reorientados na sua atividade”, contribuindo para a criação de rendimento complementar à pesca.

“É importante esta relação de proximidade entre uma tecnologia altamente inovadora e o saber dos nossos profissionais do mar”, frisou.

Neste momento, estão a colaborar neste projeto duas embarcações, financiadas pela Waste Free Oceans.

Os ensaios com esta tecnologia vão prolongar-se até dezembro, estando prevista a realização, no total, de 10 testes.

Posteriormente, esta iniciativa será replicada noutros portos de pesca e noutras ilhas do arquipélago.

A iniciativa ‘Clean Up the Azores’ insere-se no PALMA – Plano de Ação do Lixo Marinho dos Açores, que engloba diversos projetos e iniciativas para conhecer e combater o flagelo do lixo marinho que afeta todos os mares e oceanos, incluindo o arquipélago açoriano, sendo que muito do lixo que se encontra nesta área geográfica oceânica é proveniente de outras regiões de ambos os lados do Atlântico.

Fonte: GaCS

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