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Empresas nacionais de pescas procuram novos mercados em Boston

Empresas nacionais de pescas procuram novos mercados em Boston

SEAFOOD EXPO GLOBAL

A feira decorre até amanhã em Boston, sendo esta a primeira vez que Portugal está presente com um pavilhão próprio.

Sete empresas portuguesas dedicadas à transformação do pescado estão até amanhã presentes na Seafood Expo – North America 2017, que está a decorrer em Boston, Estados Unidos.

O objetivo é encontrar novos mercados e clientes e reforçar a vertente de exportações deste setor de atividade.

É a primeira vez que Portugal está presente neste certame com pavilhão próprio.

A Seafood Expo – North America 2017 dedica-se à promoção de empresas relacionadas com a transformação dos produtos alimentares do mar e decorre no Convention & Exhibition Center daquela cidade norte-americana.

Ontem, primeiro dia da feira, Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, e José Apolinário, secretário de Estado das Pescas, participaram na abertura da feira, no sentido de fomentar o aumento das exportações de produtos portugueses nesta fileira.

A presença de Portugal é comparticipada pelo Programa Operacional Mar 2020 através de uma candidatura da ACOPE (Associação de Comerciantes de Pescado).

As sete empresas privadas presentes – Frijobel, Gelpeixe, Grupo Frip, Grupo Riberalves, Grupo Rui Costa & Sousa, Luís Silvério & Filhos e Nigel – representam um terço do volume de negócios na transformação de pescado em Portugal, valendo cerca de 350 milhões de euros e empregando 1.431 pessoas.

Estes valores equivalem a um quarto do total de postos de trabalho existentes nas empresas da transformação de pescado em Portugal, que ascendiam, no total, a  6.800 postos de trabalho, segundo dados da Comissão Europeia, referentes a 2012.

No quadro de parceria com o setor, está também presente a Docapesca, empresa pública responsável pelas Lotas do Continente.

O setor da transformação de pescado em Portugal gera um volume de negócios anual de 1.087 milhões de euros, tendo reforçado a exportação nos últimos anos.

Também é considerado um dos mais produtivos com uma eficiência média por trabalhador de 66.800 euros, acima da média da União Europeia (58.000 euros), com uma predominância de emprego de mulheres (mais de 65%) e de PME (acima dos 98%).

A Seafood – Boston é considerada a maior mostra de pescado e indústria transformadora de produtos da pesca na América do Norte, prevendo-se a presença de cerca de 1.200 expositores, oriundos de 40 países, entre grossistas, importadores/exportadores, transformadores, fabricantes de maquinaria e aquacultura.

Para além do pavilhão de Portugal, estarão também presentes empresas dos Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, Peru, Equador, Chile e Panamá, e de países europeus como a Noruega, Islândia, Alemanha, Inglaterra, Dinamarca, Escócia, Espanha, Itália, Países Baixos, Irlanda e Lituânia, e ainda países como Israel, Turquia, Marrocos, China, India, Vietname, Singapura, Malásia, Coreia do Sul, Taiwan, Ilhas Faroé, Brunei, Papua Nova Guiné e Indonésia.

“De destacar o investimento das empresas portuguesas na área da inovação espelhado na grande variedade de produtos embalados em formatos diferenciados e materiais sustentáveis, resultante do esforço de modernização e melhoria da eficiência dos processos produtivos, qualidade e frescura dos produtos, de que resultam produtos apelativos e adequados ao tipo de vida e crescente exigência dos consumidores, em termos da procura de alimentos saudáveis, nos quais se insere o pescado”, destaca um comunicado do Ministério do Mar.

Portugal tem tido uma presença continuada e cada vez mais significativa em feiras ligadas ao pescado e produtos transformados como a SISAB (Lisboa), SIAL (Paris), SEAFOOD (Bruxelas), CONXEMAR (Vigo), ALIMENTARIA (Barcelona) e FEIRA de ANUGA (Alemanha), em parceria entre as empresas portuguesas do setor e a Docapesca e organizações de produtores, “contribuindo assim para o aumento das exportações, a promoção dos produtos portugueses e aumento de valor da economia do mar”, de acordo com o referido documento.

Fonte: O Jornal Económico

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