Social
Gui Menezes: Formação profissional é alavanca de desenvolvimento do setor das pescas

Gui Menezes: Formação profissional é alavanca de desenvolvimento do setor das pescas

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia defendeu, na Ribeira Grande, que a imagem do pescador e do setor “tem de deixar de ser conotada com a pobreza porque é uma profissão tão digna como as outras”, frisando que a formação profissional é “uma alavanca para desenvolver a economia ligada às pescas”.

Gui Menezes salientou que, através dos cursos de dupla certificação, em que os formandos têm acesso à cédula de pescador e, simultaneamente, à escolarização, o Governo dos Açores pretende “formar uma nova geração de pescadores, mais capacitados”.

O Secretário Regional falava terça-feira durante uma visita aos Cursos de Aquisição Básica de Competências (ABC) dirigidos a pescadores, no âmbito da Rede Valorizar, uma iniciativa em parceria entre a Vice-Presidência do Governo, através da Direção Regional do Emprego e Formação Profissional, e a Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, através da Direção Regional das Pescas, e que também se insere na Estratégia Regional de Combate à Pobreza e à Exclusão Social.

 Gui Menezes frisou que a iniciativa é “uma das prioridades do Programa do Governo” na área das pescas, na medida em que representa uma aposta “na formação profissional e na qualificação dos pescadores”.

“Conseguiu-se, e está a conseguir-se, trazer para a pesca uma maior capacitação e dignificação da profissão, que era um objetivo”, afirmou o governante, acrescentando que, “hoje em dia, ser pescador é mais exigente”.

“Precisamos de qualificar os nossos profissionais para que o setor seja mais desenvolvido e traga mais rendimentos aos pescadores, para que, no fundo, tenham uma vida melhor”, salientou Gui Meneses, que falava perante mais de seis dezenas de formandos que estão a frequentar Cursos ABC, que arrancaram em dezembro e terminam em maio, abrangendo três níveis de escolaridade.

O Secretário Regional referiu que estes cursos “são um esforço conjunto de várias entidades”, que abrange também as associações do setor, como a Sete Mares, e elogiou os formandos que “tiveram a coragem de voltar às salas de aulas para aprenderem e para terem uma cédula de pescador”.

“Eventualmente, mais tarde, terão uma carta de arrais para substituir os vossos pais e os vossos avós numa pesca de futuro, que traga uma forma de vida com maior dignidade”, disse.

Gui Menezes lembrou ainda que estes cursos de dupla certificação já formaram cerca de uma centena de profissionais nas ilhas de São Miguel e Terceira, defendendo, por isso, que se trata de “uma aposta ganha”.

No âmbito destes cursos, os formandos que completam o 6.º e o 9.º ano de escolaridade têm acesso à cédula marítima como Pescador, sendo que os formandos que completam 9.º ano têm ainda prioridade na seleção para o exame de Arrais de Pesca Local (categoria de mestrança).

Fonte: GaCS

Deixe um Comentário