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Negócio pode ser benéfico para a frota atuneira açoriana: Angolanos compram 80% da Cofaco que tem fábricas no Pico e S. Miguel

Negócio pode ser benéfico para a frota atuneira açoriana: Angolanos compram 80% da Cofaco que tem fábricas no Pico e S. Miguel

O grupo de investidores angolanos detentores do Jornal Sol e que têm um acordo para a compra dos jornais pertencentes a Joaquim Oliveira entre os quais se inclui o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Açoriano Oriental e a rádio TSF, acabam de firmar o negócio de aquisição de 80% do capital que o Grupo Machado detinha na Cofaco, de acordo com a informação apurada pelo Jornal “Correio dos Açores”.
Recorde-se que o grupo Machado além da sua participação na Cofaco, estendeu os negócios nos Açores ao sector da construção civil com a compra do grupo Martins Mota, com destaque para a empresa Luís Gomes que entrou em processo de insolvência.
Na área do Turismo através da participação que a empresa Luís Gomes detém na Asta, o grupo Machado detém 50% no hotel das Termas, nas Furnas, e no hotel Casino, em Ponta Delgada.
A Cofaco tem uma unidade industrial a laborar no Pico e outra em São Miguel, depois de ter encerrado a unidade que detinha no Faial. O grupo Machado tinha em carteira um projecto de remodelação das suas unidades industriais cujo investimento seria apoiado por fundos comunitários.
O mercado conserveiro é complexo e resta saber como se posicionará o antigo dono da Cofaco, Luís Tavares, que continua a deter 20% do capital social do grupo conserveiro nos Açores.
A expectativa quanto ao futuro da indústria conserveira açoriana é grande face à entrada dos angolanos no capital social deste importante sector.

Um negócio em que todos podem ganhar

Este negócio da compra da ‘Cofaco’ pelo grupo empresarial angolano poderá ser uma lufada de ar fresco no negócio do atum nos Açores. Desde logo, o grupo empresarial angolano poderá ser, proximamente, a ponte para a frota atuneira açoriana pescar atum em Angola.
Na verdade, na sua rota migratória, os cardumes de atum passam muito mais cedo nos mares de Angola, permitindo que a frota de salto e vara se possa deslocar para os mares angolanos e tenha em terra toda a logística de que necessita para fazer grande capturas com o método de salto e vara.
Assim, a frota dos Açores poderia iniciar a safra do atum muito mais cedo, eventualmente no final de Janeiro, princípio de Fevereiro e estar nos Açores em Março que é quando, em condições normais, os cardumes começam a passar nos mares da Região muito próximos das ilhas.
Por sua vez, o grupo empresarial angolano vai beneficiar directamente das potencialidades ecológicas da marca Açores nas conservas para poderem vender, valorizar o seu negócio em nichos especiais do mercado internacional, designadamente nos Estados Unidos da América e em Itália, além de Espanha e mesmo na França.

Fonte: Correio Açores

2 Comentários neste artigo

  1. Resendes

    Ainda agora ficamos a saber que a Cofaco nas fabricas dos Açores está a proceder a uma remodelação e modernização dos seus equipamentos, com dinheiros comunitarios e fundos Regionais, e agora é vendida aos Angolanos. Não me admira que o sector daqui a pouco tempo dê um estoiro muito grande.

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  2. ernesto rodrigues

    É pena do que se escreve
    Negócios é o que se está a fazer neste país
    Da importância da empresa na região não se fala,vamos todos para angola novamente.Que nos valha o Cordeiro porque vacas gordas já não há.

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