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O investigador João Gonçalves defende programa para monitorização regular de águas-vivas nos Açores
O docente do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores João Gonçalves defendeu hoje a criação de um programa que permita “a monitorização regular das águas-vivas” para “estudar o fenómeno e tentar mitigar o problema”.
No último verão, banhistas de várias zonas dos Açores alertaram para uma maior concentração de águas-vivas (alforrecas) em zonas balneares açorianas.
Também nos últimos 15 dias de 2014 surgiram testemunhos de banhistas sobre a presença de águas-vivas nas águas, particularmente na ilha de São Miguel, algo que é pouco frequente durante os meses de inverno.
“Não há nenhum sistema geral de monitorização para este tipo de organismos. Normalmente, a investigação científica funciona, e infelizmente, com base em projetos de curto prazo, no máximo de três anos, e normalmente virado para questões que envolvam novas tecnologias”, disse o professor universitário, em declarações à Lusa.
Embora sem dados científicos que permitam garantir que as águas-vivas aparecereram em maior quantidade em 2014, o docente do DOP admitiu que essa maior concentração tenha ocorrido em função de uma série de fatores naturais, desde logo, o regime de ventos que geralmente originam “a acumulação na costa de todo o tipo de resíduos e águas-vivas”.
Além disso, “em anos mais quentes existe uma tendência para a formação de mais águas-vivas”, acrescentou João Gonçalves, para quem “as entidades governamentais deveriam criar um programa comum” para monitorizar aqueles organismos e os resíduos que dão à costa.
No seu entender, esta monitorização permitiria disponibilizar “informação interessante aos banhistas” e “indicadores interessantes” científicos que poderiam surgir cinco anos após a implementação do projeto.
“Permitiria, por exemplo, saber se na realidade aqueles fenómenos estão ou a não aumentar. Se estão a ocorrer alterações do ecossistema. É que depois acontecem estes fenómenos e as pessoas ficam alarmadas e não sabem o porquê”, considerou, lembrando que a região tem, na área das pescas, um projeto deste género, o POPA, projeto de observação das pescas dos Açores, que tem permitido “uma recolha de informação vastíssima”.
Para o docente do DOP, “está na altura” de pensar na concretização de um projeto de “observação, de longo prazo, das águas-vivas e resíduos, envolvendo várias ilhas e várias organizações” com “uma metodologia comum para estudar o fenómeno.
“São questões que deveriam merecer projetos de longo prazo, até porque, nas diretivas comunitárias, a estratégia marinha obriga a uma atenção dos países sobre estes assuntos. E é uma pena não haver uma entidade que dinamize um estudo de longo prazo sobre estes fenómenos”, considerou.
Fonte: Açoriano Oriental
1 Comentário neste artigo
pescador
mais um estudo da treta,antigos diziam ano de aguas vivas ano de baleias cachalotes