A produção de ostras no Algarve tem um grande potencial de expansão, sendo as ostras produzidas na região consideradas de grande qualidade e muito apreciadas nos mercados nacional e estrangeiro.
A conclusão é do grupo parlamentar do PCP, que recentemente visitou uma empresa de produção de ostras, a OstraSelect Algarve, instalada na Ria de Alvor. Na sequência desta visita, o deputado Paulo Sá questionou a ministra da Agricultura e do Mar, na semana passada, sobre as medidas que o Governo irá adotar para dinamizar a produção de ostras.
Segundo o parlamentar, uma aposta neste setor teria “um impacto positivo na economia algarvia, permitindo, em particular, a criação de emprego numa região onde a taxa de desemprego é, há vários anos, a mais elevada a nível nacional”.
Porém, o PCP salienta que a expansão desta atividade produtiva tem encontrado “sérios obstáculos burocráticos”, dando como exemplo o caso da empresa OstraSelect. “Esta empresa pediu há quase dois anos uma autorização para duplicar a área dos seus viveiros de produção de ostras, tendo o ICNF solicitado uma Avaliação de Incidências Ambientais, uma exigência desproporcionada para uma simples expansão de um viveiro já existente”, contesta Paulo Sá.
Por outro lado, frisa o deputado comunista, a OstraSelect teve também de aguardar cinco anos e meio pela aprovação de um projeto para a construção de uma depuradora para as ostras produzidas nos seus viveiros.
A OstraSelect Algarve desenvolve há 10 anos a atividade de ostreicultura na Ria de Alvor. Possui quatro hectares de viveiros onde produz anualmente cerca de 200 toneladas de ostras, 90% das quais são exportadas.
Foto: OstraSelect Algarve
Fonte: Jornal do Algarve
