A empresa ‘Portos dos Açores’ identificou prejuízos dos últimos temporais no porto de Ponta Delgada, a adicionar às fragilidades que a infra-estrutura portuária já tinha, que ascendem a 30 milhões de euros. E não exclui a possibilidade de haver outras fragilidades na estrutura portuária que façam subir a verba necessária para investimento no porto micaelense. Técnicos e especialistas têm feito uma vistoria pormenorizada ao porto e algumas conclusões a que chegam levam à necessidade de uma intervenção rápida ao nível de reforço do quebra-mar em algumas zonas e nos espaços do cais que estão a ceder. O Presidente da ‘Portos dos Açores, S.A.’, Fernando Nascimento, anuncia que já estava previsto para este ano uma intervenção no quebra-mar do porto e que este projecto está “a ser revisto e reforçado”. Por outro lado, Fernando Nascimento diz estar atento à necessidade de criação de um parque de contentores no porto de Ponta Delgada e diz que está a ser elaborado um estudo que vai levar a um projecto de execução.
Correio dos Açores – A ‘Portos dos Açores’ está a fazer o levantamento dos estragos provocados pelo mau tempo no porto de Ponta Delgada ao nível do quebra-mar, rombo no molhe junto ao farolim, e piso do cais? Este levantamento indica que prioridades? Qual o investimento que representa?
Fernando Nascimento (Presidente da empresa ‘Portos dos Açores S.A.) – As necessidades de investimento identificadas até ao momento são 30 milhões de euros, sendo que é ainda necessário desenvolver outros trabalhos de prospecção e levantamento, para perceber se existem mais fragilidades ainda por identificar.
CA – É reconhecido que o porto de Ponta Delgada apresenta-se com fragilidades em termos estruturais. O que é necessário fazer para robustecer a infraestrutura portuária por onde passa 60% da carga movimentada nos Açores?
FN – Actualmente, as prioridades passam pelo reforço do molhe de protecção. Antes dos temporais já estava prevista uma intervenção ao nível infraestrutural no porto de Ponta Delgada, a lançar em 2016, para reforço do molhe deste porto. O projecto para esta intervenção está a ser revisto e reforçado, tendo em conta os estragos efectuados pelo mau tempo do passado mês de Dezembro e também já de Janeiro.
CA – Uma das carências do porto de Ponta Delgada é e a falta de um parque de contentores que facilite a mobilidade no cais. Existe alguma perspectiva de solução para esta ineficiência?
FN – Embora o volume de carga actual não ponha em causa a operacionalidade do porto, está a ser elaborado um estudo sobre esta situação, que a seu tempo dará lugar a um projecto de execução.
Fonte: Correio dos Açores
