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Dois cepos de âncora romana em chumbo “salvos” do fundo do mar em Lagos
Dois cepos de âncora em chumbo, romanos, com perto de 2000 anos, foram recuperados do fundo do mar na semana passada, por uma equipa de mergulhadores chefiada pela arqueóloga subaquática Joana Baço, da empresa Archaeofactory.
Um dos cepos romanos tinha sido encontrado durante um mergulho recriativo, por um dos membros do staff do Cipreia Dive Club.
O cepo (parte de uma âncora usada nos barcos romanos, feito em chumbo), acabou por ser recuperado por uma equipa de mergulhadores, que contou com a arqueóloga responsável, Joana Baço, e com o apoio logístico do Cipreia Dive Club e de mergulhadores voluntários locais, que já tinham participado no antigo projeto de investigação “Carta Arqueológica Subaquática da Baía de Lagos e Arredores”.
Durante a recuperação do primeiro cepo, um dos voluntários fez a descoberta do segundo, que foi também retirado do fundo do mar.
A empresa Archaeofactory, do arqueólogo Tiago Miguel Fraga, acrescenta que «os artefactos já se encontram em fase de limpeza e estudo, com o objetivo de apurar a sua identificação tipológica e uma aferição cronológica, de modo a conhecer-se melhor o passado da utilização da Baía de Lagos e a sua importância em época romana».
No passado, o projeto para elaborar a “Carta Arqueológica Subaquática da Baía de Lagos e Arredores”, da responsabilidade de Tiago Fraga, tinha já feito o levantamento do fundo do mar «de outros dois artefactos deste tipo, assim como de uma sonda náutica medieval». Além disso, «são conhecidas até ao momento cerca de 175 âncoras, de várias cronologias, submersas, na Baía de Lagos».
A Archaeofactory acrescenta que tentará ser «breve quanto aos resultados dos trabalhos de estudo e limpeza, que revelaremos assim que possível».
O cepo, habitualmente feito em chumbo, era a parte mais pesada da âncora, cujas restantes peças eram, na sua maioria, feitas em madeira (daí que, quando se encontram vestígios de âncoras romanas, o que chega aos nossos dias sejam os cepos). O cepo obrigava a âncora a ficar deitada no fundo do mar, orientando as unhas de forma a estas enterrarem-se na areia ou fixarem-se em algum rochedo.
Foto: Lolita Petriconi
Fonte: Sul Informação