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Federação das Pescas dos Açores estranhou silêncio de Portugal quando ICCAT baixou quota do Patudo
A Federação das Pescas dos Açores considerou que a Comissão Europeia e o ICCAT – Instituto de Conservação do Atum no Atlântico demonstram “desconhecimento e um total insensibilidade à realidade da nossa pesca” ao reduzir a quota da pesca do atum patudo de 70 mil para 65 mil toneladas.
A Federação das Pescas, que é presidida Gualberto Rita, “estranha a passividade com que os nossos representantes da Republica se comportaram durante toda a negociação”.
“O corte é de 25%, igual à de outros países altamente predadores e pouco selectivos. Não temos dúvidas que esta redução terá um impacto negativo na Região. Tudo faremos, junto das instâncias competentes, para inverter esta situação”, afirma Gualberto Rita em comunicado.
A Federação das Pescas vai propor ao Governo da República que considere “atribuir quota de atum Rabilho às embarcações de salto-e-vara das regiões autónomas, e que esta possa ser utilizada como pesca dirigida e não apenas para pesca acessória, conforme actualmente estabelecido”.
A Federação das Pescas dos Açores “tem consciência que este recurso, outrora considerado infinito, apresenta evidências de sobre-exploração, e defende medidas para a sua conservação”.
Defende ainda que esta pescaria de atum, nos Açores, “pelas suas características artesanais, representa o futuro modelo para as pescarias mundiais. Isto se queremos proteger a espécie, respeitar o ecossistema marinho e evitar uma anunciada extinção comercial”.
A Federação da Pescas realça que a extinção comercial do atum patudo “seria preocupante para a coesão de uma fileira que anualmente gera um volume de negócios que ascende a mais de 60 milhões de euros anuais, gerando um valor acrescentado bruto de uma dezena de milhão de euros, e é responsável pelo emprego de mais de 1000 trabalhadores em todo o arquipélago”. No entender da Federação das Pescas, o atum “ilustra, ao mesmo tempo, a natureza e a cultura dos Açores. É um dos mais fascinantes peixes presentes no nosso mar e faz parte da história e gastronomia do arquipélago”. O Atum “é um grande migrador, no seu percurso passa por vários países, e faz dos nossos mares um local de passagem e ‘abastecimento’”.
Esclarece ainda a Federação que, nos Açores, pelos bandos de cagarros se detectam os cardumes de atum e, a “força de braços”, pesca-se peixe-a-peixe, com artes de linha e anzol (“salto-e-vara”). “Somos altamente selectivos na pesca que praticamos, somos monitorizados por observadores e investigadores, temos certificados que garantem a sustentabilidade da pescaria e, por isso, estranhamos o desfecho do recente encontro da ICCAT, em Malta, onde se discutiu o Total Admissível de Captura (TAC) para o Patudo”, concluiu.
Fonte: Correio dos Açores