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Parecer científico sugere uma quase interdição de pesca da sardinha
Em 2016 a captura da sardinha terá de descer para uma quota que é apenas um décimo do que foi pescado este ano. A Associação das organizações de pesca do cerco já disse que não vai aceitar que este parecer científico seja implementado já que seria “a morte” do setor.
A captura de sardinha em águas ibéricas não poderá, em 2016, ultrapassar as 1.587 toneladas, segundo um parecer científico divulgado esta quinta-feira, um décimo do permitido este ano e que já tinha sido considerado insuficiente pelos pescadores.
Um parecer hoje divulgado pelo Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (ICES, na sigla inglesa) recomenda que os totais admissíveis de capturas (TAC) da sardinha em águas ibéricas se limitem às 1.587 toneladas, o que, na prática, equivale a uma quase interdição de pesca, face às 16.000 toneladas que foram autorizadas para este ano.
Refira-se que 70% destes TAC são para Portugal e os restantes 30% para Espanha.
Humberto Jorge, da Associação das Organizações de Pesca de Cerco afirma que “o setor em Portugal não vai aceitar este parecer”. “Isso não dá nem para uma semana de pesca” diz da Associação das Organizações de Pesca de Cerco.
Segundo o parecer do ICES – que congrega peritos de toda a União Europeia e ainda de países terceiros, como a Noruega – “a biomassa de peixes com um ano e mais de idade tem diminuído desde 2006 e está atualmente num mínimo histórico”.
Os peritos consideram que “o ‘stock’ e as capturas são largamente dominados por jovens indivíduos com baixo potencial reprodutivo. A sobrevivência destes até atingirem mais idade pode ser importante para o potencial reprodutivo” da unidade populacional”.
O parecer do ICES conclui que “isto reforça a necessidade da redução da mortalidade global na pesca”.
Apesar de não ter um caráter obrigatório, o parecer do ICES terá que ser adotado por Portugal e Espanha, uma vez que a consequência é a União Europeia passar a gerir o ‘stock’ de sardinha ibérica.
Já em 2014, cerca de 70% da sardinha consumida em Portugal foi importada, nomeadamente de Marrocos.
Em 2012, foi concebido um plano de gestão especificamente para garantir uma recuperação rápida e sustentável das unidades populacionais de sardinha, com prazo até este ano e que incluía o objetivo de “recuperar, com grande probabilidade, os níveis de biomassa (…) até 2015”.
Este ano, a pesca da sardinha abriu em março, depois de cinco meses de interrupção por se ter atingido a quota.
Desde 20 de setembro de 2014 que a pesca da sardinha esteve suspensa, primeiro, devido à proibição de captura por esgotamento da quota, e depois devido ao período de defeso biológico.
Fonte: TSF