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Portugal importa quase o dobro da sardinha que pesca
Menos sardinha pescada, mais importações, e mais cara. As quotas impostas à captura de sardinha estão a levar os pescadores a trazer para terra mais cavalas e carapaus.
Em 2015, Portugal importou 35,5 milhões de euros de sardinha fresca e congelada, quase o dobro do valor da sardinha capturada e descarregada nos portos do Continente. Esta é uma das consequências das limitações impostas à pesca de sardinha, que pretendem preservar este peixe. Em alternativa, os pescadores trouxeram do mar mais cavalas e carapaus.
Os dados foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira, 31 de Maio, e fazem parte de uma publicação intitulada “Estatísticas da Pesca 2015” divulgada a propósito do Dia Nacional do Pescador, que se assinala hoje.
De acordo com os dados do INE, no ano passado foram transaccionadas em lota 13.729 toneladas de sardinha, das quais 13.690 toneladas no Continente. Esta foi a “quantidade mais baixa desde que há registos estatísticos sistemáticos por espécie”, revela o INE. Aliás, nos últimos quatro anos (entre 2012 e 2015) a quantidade média descarregada, de cerca de 22 mil toneladas, foi 65,6% inferior à média descarregada no período anterior (64 mil toneladas no período 2005-2011). “Esta situação resultou dos limites de captura deste pelágico impostos em Portugal Continental, no quadro das medidas de gestão adoptadas para este recurso, que se encontra em situação de dificuldade”, explica o INE.
Portugal e Espanha dividem a aplicação de quotas na captura de sardinha, que pretendem garantir a continuidade deste recurso. Para este ano está previsto que a captura da sardinha atinja as 10 mil toneladas até Julho, altura em que haverá uma reavaliação, podendo a quantidade de sardinha pescada chegar às 19 mil toneladas até final do ano.
A redução nas quantidades pescadas teve consequências no preço médio da sardinha que, no ano passado, atingiu o valor mais alto dos últimos 20 anos. “Com um crescimento médio de 10,2% ao ano, o preço médio da primeira venda aumentou neste período 1,90 euros/kg, passando de 0,31 euros/Kg em 1995 para 2,19 euros/Kg em 2015”, revela o INE.
Apesar deste aumento, o preço médio anual de descarga desceu 13,8% no Continente, em resultado do reforço de peixes que valem menos, como a cavala e o carapau, adianta o instituto.
Fonte: Jornal de Negócios