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Potencialidades dos Açores em biotecnologia marinha divulgadas no BioMarine, nos EUA

Potencialidades dos Açores em biotecnologia marinha divulgadas no BioMarine, nos EUA

O Diretor Regional dos Assuntos do Mar afirmou, em Wilmington, no estado norte-americano da Carolina do Norte, que os Açores “não querem ficar de fora dos desenvolvimentos em biotecnologia azul”.

Filipe Porteiro, que falava à margem da BioMarine Business Convention, destacou a importância da participação dos Açores neste evento, que é “o único fórum internacional dedicado à promoção da biotecnologia marinha, uma área considerada relevante para o desenvolvimento da economia azul na Região”.

O BioMarine reúne pequenas e médias empresas, centros de investigação e inovação, investidores e representantes de vários países, estados e regiões do mundo com o objetivo de promover contatos para alavancar iniciativas empresariais e industriais e oportunidades de negócio em biotecnologia azul.

“A cooperação, tanto ao nível das empresas como das regiões e dos países, é vista como um aspeto fundamental para que a biotecnologia marinha se afirme como uma nova oportunidade de crescimento económico sustentável, assente em valores ambientais”, frisou o Diretor Regional.

Filipe Porteiro salientou que “os produtos naturais extraídos de bactérias e de outros micro-organismos, de micro e macroalgas e de invertebrados marinhos, mas também de subprodutos industriais, têm múltiplas aplicações”, nomeadamente nas indústrias farmacêutica, de cosméticos e alimentar, na produção de biocombustíveis e de bioplásticos e em aquacultura.

“Este é um mundo novo e emergente que está agora a despontar em todos os continentes e regiões e os Açores não querem ficar de fora deste movimento sem retorno”, afirmou, acrescentando que, apesar da biotecnologia marinha ainda estar numa fase embrionária na Região, “o potencial dos Açores em diversas áreas já é reconhecido”.

O Diretor Regional sublinhou que o BioMarine é um fórum onde o “contacto direto e intenso” entre os participantes é valorizado e que, nesse sentido, o objetivo da presença no evento foi a divulgação das “potencialidades dos Açores, as vantagens competitivas e as oportunidades existentes” perante empreendedores com eventual interesse em investir em biotecnologia e aquacultura na Região.

Os benefícios fiscais concedidos pelo Governo dos Açores a este setor, os apoios existentes para a fixação de pequenas e médias empresas, o apoio comunitário à instalação de fábricas e laboratórios empresariais, as vantagens das incubadoras tecnológicas e a facilidade em aceder a laboratórios especializados e a espaços para instalação das empresas, bem como o mapeamento de zonas com potencial para aquacultura no arquipélago foram algumas das mais-valias da Região apresentadas no BioMarine.

Filipe Porteiro referiu ainda que “o conhecimento existente sobre os recursos marinhos regionais, em especial com relevância em biotecnologia marinha, e as capacidades instaladas da Universidade dos Açores são também ativos estruturantes que a Região possui para alicerçar projetos e iniciativas empresariais nesta área”.

“A implementação de capacidades em biotecnologia marinha nos Açores é um processo que exige uma promoção contínua e persistente junto de empreendedores das regiões e dos países mais avançados nesta área de negócios, como a Carolina do Norte, o Québec, a Escócia e a Noruega”, salientou o Diretor Regional.

Fonte: GaCS

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