-
Procissão e Cortejo Náutico Nossa Sra da Guia na cidade da Horta - 30 de Julho, 2024
-
Fecho da quota de pesca de Atum-Patudo - 8 de Maio, 2024
-
Aviso de fecho da quota de bycatch de Atum Rabilho - 8 de Maio, 2024
-
Capturas acessórias de atum patudo - 26 de Abril, 2024
-
Restrições ao exercício da pesca dirigida ao atum-patudo - 26 de Abril, 2024
-
Fecho da quota de Atum Rabilho - 18 de Abril, 2024
-
Pescadores dos Açores estão preocupados com novas áreas marinhas protegidas e pedem revisão - 31 de Agosto, 2023
-
Semana do Mar 2023: Cortejo Náutico Nossa Senhora da Guia - 4 de Agosto, 2023
-
Fecho da quota do Espadarte - 7 de Junho, 2023
-
Fecho da pesca de Atum Patudo - 2 de Junho, 2023
Rabilho (rei dos atuns) vendido a preços mais baixos que o atum patudo e voador na lota de Ponta Delgada
Em nenhum porto de pesca do mundo, com a excepção da lota do porto de Ponta Delgada, o preço do atum patudo e do atum voador é mais caro que o preço do atum rabilho que é, por excelência, o atum de melhor qualidade e, por isso, mais cotado nos grandes mercados internacionais, do Japão a Los Angeles.
O facto é que nos primeiros dois meses deste ano, 168,5 quilos de atum patudo foram comprados em lota ao preço médio de 9,85 euros o quilo, o que representa o valor de 1.659 euros.
No mesmo período de tempo foram vendidos na lota de Ponta Delgada 109,4 quilos de atum voador ao preço médio de 9.02 euros o quilo, o equivalente a 987 euros.
Ora, de Janeiro a Fevereiro deste ano foram vendidos na mesma lota 17,2 toneladas de atum rabilho a 8.13 euros o quilo, o que representa o valor de 140.450 euros.
Este é um claro aproveitamento, por parte dos comerciantes, da falta de concorrência na compra do atum rabilho na lota de Ponta Delgada, enquanto para pequenas quantidades de atum patudo e atum voador, os preços médios subiram.
Obviamente que os comerciantes não tiveram em linha de conta a qualidade do peixe que estavam a comprar porque o rabilho, em todas as circunstâncias, tem melhor qualidade que o patudo e que o voador.
Há especialistas que consideram o que aconteceu com o comércio do atum nos primeiros dois meses deste ano no porto de Ponta Delgada como um “crime” que prejudicou, claramente, os pescadores de atum patudo.
O que aconteceu foi que atuns rabilho com cerca de 200 quilos e alguns com mais peso, com cotações elevadas no mercado internacional, foram pescados à linha e puxados à mão no mar dos Açores, para depois serem vendidos a preços muito baixos na lota de Ponta Delgada a comerciantes que vão buscar grandes mais-valias no mercado internacional para este mesmo peixe.
Os especialistas contactados pelo Correio dos Açores desafiam os intermediários e, mesmo a Associação de Comerciantes de Pescado de São Miguel, a mostrar as facturas do atum rabilho comprado na lota de Ponta Delgada e do mesmo peixe vendido para consumo na Região e nos mercados nacional e internacional.
Estes especialistas realçam que” há situações incríveis que acontecem no mercado do peixe nos Açores, à mercê de meia dúzia de comerciantes, que jogam com os preços em lota da forma que entendem e a seu belo prazer”. O que aconteceu com o atum nos primeiros dois meses deste ano é prova clara desta realidade.
“Rei do Atum” pagou em 2020 1,6 milhões de euros por um atum-rabilho
O empresário japonês Kiyoshi Kimura, conhecido como “Rei do Atum”, pagou em 2020 cerca 193 milhões de ienes (cerca de 1,6 milhões de euros) por um atum-rabilho com 276 quilos, que foi a leilão num mercado de peixe em Tóquio, no Japão. O empresário, que gere a cadeia de restaurantes de Sushi Zanmai, confessou que o peixe foi caro, mas que estava feliz pela compra.
“Sim, é caro, não é? Eu quero que os nossos clientes comam este ano peixes muito saborosos”, disse o empresário, citado pela CNN, durante o leilão. Apesar da quantia elevada, Kiyoshi Kimura já pagou mais por um atum. Num leilão do ano passado, o empresário pagou 333.6 milhões de ienes (cerca de 2,7 milhões de euros) por um peixe com 278 quilos.
Fonte: SIC Notícias