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Sines já movimenta metade das cargas nos portos nacionais

Sines já movimenta metade das cargas nos portos nacionais

Sines é cada vez mais o porto de maior relevância no sector em Portugal, tendo fechado o primeiro semestre deste ano com uma quota de 49,1% face às mercadorias movimentadas.

Segundo os dados apurados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a que o Diário Económico teve acesso, enquanto a totalidade dos sete maiores portos nacionais registaram um crescimento de 11,2% nas cargas movimentadas até Junho, com um valor próximo dos 44,4 milhões de toneladas, o porto alentejano conseguiu uma subida de 25,4%, mais que duplicando o ritmo de crescimento. Parte desta evolução também é explicada pelo facto de no período homólogo do ano passado a refinaria da Galp, um dos polos mais relevantes para a actividade do porto de Sines, ter estado parte do tempo inativa, devido a uma paragem técnica para manutenção.

O recorde de mercadorias movimentadas alcançado pelo porto de Sines no primeiro semestre deste ano não foi o único. Os portos de Leixões, com mais 3,5%, para 9,1 milhões de toneladas; e de Aveiro, mais 4%, para 2,4 milhões de toneladas, também atingiram novos máximos históricos no primeiro semestre deste ano.

No lado negativo, estiveram Viana do Castelo (- 21,2%), Lisboa (- 3,1%), Figueira da Foz (- 2,6%) e Setúbal (- 1,8%). Deste modo, a seguir a Sines posicionou-se o porto de Leixões, com uma quota de 20,6%, seguido dos portos de Lisboa (12,9%) e Setúbal (9,1%).

Combustíveis impulsionam crescimento
O aumento de 11,2% na carga movimentada nos principais portos portugueses na primeira metade deste ano deve-se sobretudo ao crescimento verificado nos granéis líquidos (combustíveis), com um crescimento de 19,1%. Também os granéis sólidos (carvão, cereais, cimento, celulose, etc) tiveram um comportamento acima da média geral, com uma subida de 12,2% entre Janeiro e Junho deste ano. Já a carga geral aumentou apenas 4,8%, uma evolução influenciada por um decréscimo de 3,1% na carga fraccionada.

De entre os grupos de cargas que contribuíram para este resultado destacam-se os minérios (+66,7%), carga ‘ro-ro’ (automóveis, com mais 51,7%), carvão (48,8%), petróleo bruto (+21,3%) e produtos petrolíferos (+20,5%).

Ainda de acordo com os dados recolhidos e homologados pelo IMT, os sete portos nacionais em análise registaram um total de 5.330 escalas de navios das mais diversas tipologias no período em apreço, o que equivaleu a uma arqueação bruta (‘gross tonnage’) de 90 milhões. Em termos respectivos, verificaram-se crescimentos de 3,6% e de 12,8%. Trata-se do valor mais elevado de sempre no que respeita à arqueação bruta e verificou-se em todos os portos analisados, com excepção dos portos de Viana do Castelo, que teve uma quebra de 9% face ao período homólogo; e de Setúbal, que manteve um valor idêntico neste capítulo. A variação positiva verificada resultou em maioria do comportamento dos portos de Lisboa (+18,6%) e do Douro e Leixões (+13,5%).

O crescimento das escalas foi sentido nos portos de Sines (+7,4%), Douro e Leixões (+6,3%), Aveiro (+3,3%) e Lisboa (+2,6%), contra as diminuições observadas nos portos de Setúbal (-0,4%), Figueira da Foz (-1,2%) e Viana do Castelo (-10,6%).

Fonte: Económico

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