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Algarve // Aquacultura em mar aberto ameaça pesca tradicional no sotavento
A associação empresarial «União pelo futuro do Algarve», presidida por José Vitorino, alerta para a «invasão» legal da aquacultura das zonas de pesca artesanal do sotavento. Em causa está um universo de 300 embarcações de pesca não-industrial.
Na primeira reunião da direção da «União pelo futuro do Algarve», na semana passada, a análise da economia e vida empresarial mereceu especial atenção a eventual exploração de petróleo no Algarve, «reiterando-se a frontal discordância pelos impactos ambientais e potencial destruição de quase todo o tecido económico e social ligado ao turismo e às pescas».
Outra situação «muito grave que mereceu detalhada análise» por parte desta associação, foi a «invasão pela aquacultura em mar aberto das zonas de pesca tradicional que, com cobertura legal, põe em risco dramático a pesca artesanal (e suas apreciadas espécies), os núcleos piscatórios do Sotavento algarvio e também o turismo e a dieta mediterrânica», segundo nota de imprensa divulgada hoje, 12 de fevereiro.
«Tudo se tem vindo a conjugar pelo pior para os homens do mar em Olhão, Culatra, Fuzeta, Santa Luzia, Tavira, Cabanas, Altura, Manta Rota e Monte Gordo, devido às Áreas de Produção Aquícola (APA) da Armona e Vila Real de Santo António/Tavira».
No entendimento da «União pelo futuro do Algarve» as «duas armações de atum, as barras assoreadas e os portos sem condições mínimas de segurança» são problemas agravados pela «praga do mexilhão provocada pela APA da Armona» e por um «um acordo de pescas fronteiriço ruinoso para a pesca artesanal algarvia».
«Estão envolvidas cerca de 300 embarcações e milhares de pessoas direta e indiretamente e pescado no valor de muitos milhões de euros. Os fundadores da União e agora os seus dirigentes, desde há muito que acompanham e batalham por esta causa, com estudos e reuniões na Culatra, Fuzeta, Tavira e Monte Gordo, compreendendo e sendo solidários com o pânico e revolta dos pescadores, porque vêm o futuro em risco e porque têm sido desrespeitados pelos organismos das pescas, decidindo tudo nas suas costas», sublinha direção da associação « Algfuturo».
No caso da Área de Produção Aquícola (APA) da Armona, criada em 2008, «os pescadores não foram ouvidos e tudo o que têm proposto tem sido recusado».
Mais recentemente, a Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (pescas) promoveu em 9 de abril do ano passado um debate em Vila Real de António para ouvir sensibilidades e contributos dos pescadores, relativamente à Área de Produção Aquícola (APA) de VRSA /Tavira, criada em 2014.
«As Associações fizeram de imediato uma fundamentada proposta conjunta mas, numa conduta inaceitável, ainda não obtiveram qualquer resposta», lamenta a « Algfuturo».
«Tanto num caso como noutro, porque é justo, a única solução é as entidades oficiais ouvirem os pescadores e suas propostas equilibradas para relocalização das APA(s), salvaguardando dessa forma o interesse público, a economia regional, os legítimos interesses e direitos dos pescadores e o incremento responsável da aquacultura respeitando os autóctones».
«É de ter em conta e de salientar que a posição que as associações da pesca e a Algfuturo defendem merece concordância unânime dos presidentes de câmara envolvidos, deputados e população em geral. Será que Lisboa continua por diante sem respeitar ninguém?»
A «Algfuturo» concluiu que «para evitar dramas» é preciso «travar a invasão pela aquacultura das zonas de pesca artesanal do sotavento» algarvio.
Fonte: Barlavento