Durante uma visita oficial ao Japão, na semana passada, a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, convidou os laboratórios de pesca da Universidade de Kinki, em Osaca, para desenvolverem a produção de atum em viveiro, em Portugal. Além de promover a economia do mar, a ministra negociou a exportação de carne de porco nacional para o Japão.
Os laboratórios de pesca da Universidade de Kinki fazem, desde 2002, o ciclo completo de criação do atum ‘bluefin’, o mais apreciado no Japão. É este conhecimento que a ministra quer trazer para Portugal.Assunção Cristas fez “um balanço muitíssimo positivo” desta deslocação, na qual a comitiva portuguesa se reuniu com dezenas de empresas japonesas que manifestaram interesse em investir na aquacultura e na agricultura portuguesas. Entre elas estão, segundo o jornal Expresso, as gigantes Mitsubishi Corporation e Mitsui.Ainda de acordo com aquele semanário, num encontro entre a delegação portuguesa e a Associação Japonesa de Aquacultura, um dos representantes japoneses declarou o seu interesse em investir em Portugal, nomeadamente no pregado. O empresário ficou a saber que existe uma grande unidade de produção de pregado que está à procura de investidor: a Pescanova, em Mira.
Da viagem fez também parte uma visita ao mercado Tsukiji (o maior mercado de peixe do mundo), onde a ministra encontrou o atum ‘bluefin’ da Tunipex, uma empresa de Olhão, subsidiária da japonesa Arai Soji, que captura atuns em trânsito entre o Mediterrâneo e o Atlântico para depois os engordar e exportá-los para o Japão.
Assunção Crista considera que Portugal tem potencialidades para atrair futuros negócios que invistam na cultura desta espécie. A ministra diz tratar-se de um negócio rentável, tendo em conta o aumento da procura dos ‘stocks’ de atum e as consequentes restrições à sua captura.
