Leia aqui a crítica de Rui Pedro Tendinha.
Um cineasta irregular islandês que já triunfou em Hollywood (Contrabando tinha os seus méritos) regressa ao seu país para filmar uma história verídica de sobrevivência em alto mar. Baltasar Kormákur reconstitui um acidente de pesca em alto mar ao largo da costa do sul da Islândia em 1984 e centra-se no único sobrevivente de uma embarcação que conseguiu miraculosamente nadar milhas e milhas até à costa numa noite gelada. Terá sido a sua massa gorda a salvá-lo. Kormákur interessa-se sobretudo pela psicologia do sobrevivente e a sua culpa – o pescador em questão não compreendia o milagre.
O filme tem engenhos técnicos interessantíssimos e um ator impressionante: Ólafur Darri Ólafsson. De resto, é sempre apenas competentemente descritivo, ainda que haja um cuidado em captar o espírito de uma pequena comunidade isolada. Além do mais, a câmara de Kormákur tem sempre bom “olho” e as cenas do mar são credíveis.
Fonte: Diário de Notícias
