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Confirma-se: Portugal deve suspender totalmente pesca da sardinha
Há uma enorme escassez de sardinha nos mares ibéricos, diz organismo científico. O Governo português iniciará agora negociações com Bruxelas mas nada será como dantes no mundo da sardinha.
É a confirmação do que se temia: o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla inglesa), que aconselha a Comissão Europeia sobre os níveis sustentáveis de pesca, reitera o diagnóstico de enorme escassez de sardinha nos mares ibéricos e recomenda a suspensão total da pesca.
Num parecer publicado agora no seu site, o ICES aconselha “captura zero em 2018”. Esta recomendação científica, que servirá como referência para a gestão da pesca em Portugal e Espanha no próximo ano, sustenta que “a sardinha com mais de um ano diminuiu desde 2006 e tem estado abaixo do limite de biomassa desovante adequado desde 2009”.
Estes dados vêm confirmar as perspectivas negras já traçadas num anterior parecer do ICES, noticiado pelo Negócios, onde este organismo afirmou que à luz dos novos valores de referência, o plano de gestão da sardinha, definido pelas autoridades portuguesas e espanholas, “não é precaucionário, nem no curto nem no longo prazo”. E mesmo sem pesca, seriam necessários 15 anos para colocar o stock de sardinha acima do limite de biomassa desovante adequado.
Assim sendo, o Governo português, em articulação com o espanhol, terá de desenhar um novo plano de gestão para apresentar à Comissão Europeia que deverá traduzir-se num corte sem precedentes dos limites legais de pescaria de sardinha. Portugal e Espanha têm autonomia para definir o seu plano de gestão, mas têm de o fazer com a concordância de Bruxelas que terá sempre uma palavra decisiva sobre esta matéria.
O parecer do ICES serve de bitola, mas a Comissão costuma ser sensível aos argumentos sociais e económicos que os governos costumam esgrimir sempre que enfrentam limitações motivadas por razões de sustentabilidade ambiental. Mas uma coisa parece ser certa: no mundo da sardinha, nada será como dantes.
Fonte: Negócios