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Conservação da boga de Lisboa ganha prémio internacional Mohamed Bin Zayed
O fundo Mohamed Bin Zayed, de apoio à conservação de espécies ameaçadas, concedeu financiamento a uma equipa de investigadores Portugueses para estudar e implementar acções de conservação da boga-de-boca-arqueada de Lisboa, espécie que só foi descoberta no século XXI e que ocorre exclusivamente nalguns afluentes do Baixo Tejo.
Uma equipa de investigadores Portugueses recebeu financiamento do Fundo para a Conservação de Espécies – Mohamed Bin Zayed, sedeado nos Emirados Árabes Unidos, para estudar a boga-de-boca-arqueada de Lisboa (Iberochondrostoma olisiponensis). Este peixe de água doce ocorre exclusivamente em Portugal e encontra-se criticamente ameaçado. O prémio no valor de 12000 dólares (cerca de 10000 euros) permitirá avaliar o estado atual das populações, propor áreas prioritárias para a sua conservação e disseminar o conhecimento sobre esta raridade nacional entre a população.
Filipe Ribeiro, investigador do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e coordenador do projeto, salienta que “muito pouco se conhece sobre a distribuição e biologia deste peixe. Para além de pouco abundante, tem uma distribuição muito restrita, confinada a alguns rios afluentes do Baixo Rio Tejo”.
A boga-de-boca-arqueada de Lisboa foi apenas descoberta no séc. XXI e descrita em 2007. A sua raridade e a semelhança com outras espécies de ciprinídeos fez com que a sua existência passasse despercebida até há pouco tempo, apesar de ser uma das mais antigas do seu género, com cerca de 10 milhões de anos. Os ciprinídeos são a família de peixes de água doce mais diversa e também a mais ameaçada das águas interiores portuguesas.
O prémio internacional destinado a apoiar estudos e ações de conservação de espécies ameaçadas em todo o mundo, permitirá financiar campanhas de amostragem no terreno com o objetivo de definir a distribuição da espécie, os efetivos populacionais e a sua diversidade genética.
O projeto conta com uma equipa composta por investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, da Universidade de Basileia (Suíça), da Universidade Federal do Maranhão (Brasil) e do CIBIO-INBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos. Participam também como parceiros deste projecto o Fluviário de Mora, a Câmara Municipal de Loures e a Fundação CulturSintra – Centro de Investigação da Regaleira.
Desenvolvimentos do projecto podem ser consultados em https://iberochondrostomaolisiponensis.wordpress.com/
Foto: Hugo Gante
Fonte: Naturlink