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“Lamentável, sem vergonha e sem escrúpulos”, diz Vítor Fraga da atitude de “alguns protagonistas” que criticaram estratégia para o porto de Ponta Delgada

“Lamentável, sem vergonha e sem escrúpulos”, diz Vítor Fraga da atitude de “alguns protagonistas” que criticaram estratégia para o porto de Ponta Delgada

“Achamos de todo lamentável a postura de alguns protagonistas da nossa praça que, baseados nas opiniões que têm sobre aquilo que deve ser, ou deixar de ser, o Porto de Ponta Delgada, têm uma atitude lamentável, sem vergonha, sem escrúpulos… Aproveitam-se de uma situação, de uma intempérie natural, para tentarem angariar mais razões para aquilo que são as suas opiniões”. 

A afirmação do Secretário Regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, tem vários destinatários: “aplica-se a várias pessoas não só ao professor Mário Fortuna”, esclareceu quando confrontado pelos jornalistas sobre as críticas do Presidente da Câmara de Comercio e Industria de Ponta Delgada, Mário Fortuna que ontem voltou salientar a falta de atenção e de estratégia do Governo Regional dos Açores para o porto de Ponta Delgada.

Vítor Fraga reconheceu o direito à opinião mas criticou aquilo que descreveu como aproveitamento: “Naturalmente que todos nós somos livres de ter opinião sobre o porto de Ponta Delgada – ele deve ser assim, deve ser assado – mas há que ter também essa consciência e não utilizar de forma alguma, aquilo que são situações provocadas pela Natureza, para pôr em causa a segurança de pessoas, e bens, e utilizar isso como argumento para dar mais força, ou menos força, aquilo que são as nossas opiniões sobre o que deve ser o porto de Ponta Delgada”.

Reforçou que o Governo Regional tem “claramente definida” a sua posição sobre o que deve ser o porto de Ponta Delgada e a, a título de exemplo, lembrou que: “o porto de Ponta Delgada, actualmente, movimenta menos 550 mil toneladas do que movimentava no ano em que teve o seu maior período de funcionamento, em 2007, quando ainda nem existiam as Portas do Mar”.

Encontro de 20 minutos marcado ontem de ‘urgência’.
As afirmações do Secretário Regional foram proferidas depois de um encontro com o Conselho de Administração da Portos dos Açores. O encontro que não constava da primeira agenda divulgada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação do Governo Regional dos Açores (GACS), foi anunciado ontem de manhã. Do Conselho de Administração da Portos dos Açores esteve o responsável pelos Portos de São Miguel e Santa Maria. Pedro Silva não prestou declarações à saída do encontro que demorou cerca de vinte minutos.

Porto de Ponta Delgada “desperta maior cuidado”.
Ainda sobre o Porto de Ponta Delgada, Vítor Fraga confirmou que de todas as situações identificadas a que “desperta maior cuidado é o Porto de Ponta Delgada”, onde já havia zonas identificadas pelo Executivo por necessitarem de “intervenção”. Esclarece que os estragos dos últimos dias terão ocorrido “numa zona onde não estava prevista nenhuma intervenção”. Agora, confirma, a zona “requer outro tipo de avaliação”. Por agora, o secretário regional adianta que as condições de segurança do porto já foram confirmadas pela autoridade marítima.

Avaliação dos estragos sem data depende da melhoria do tempo.
O encontro “serviu para fazer um ponto da situação sobre os estragos causados nas várias infraestruturas portuárias da Região” mas sobre as intervenções e respectivos custos Vítor Fraga considera que é “prematuro” avançar com qualquer informação. Neste momento o Governo Regional espera por uma melhoria do tempo para que possa ser feita a peritagem minuciosa. “A avaliação dos custos associados a esta intempérie, aos danos provocados, é algo que não se consegue fazer no imediato”, explica o governante. Assim que as condições atmosféricas o permitirem será feito “um levantamento com peritagens, tanto por terra como com mergulhadores, para se ter uma perfeita consciência do que é que está aqui envolvido”.
Para além do estado em que ficou o porto de Ponta Delgada, Vítor Fraga enumerou os estragos registados nos edifícios de apoio de Vila do Porto, nas oficinas do porto da Praia da Vitória, nos blocos de protecção do molhe do porto das Lajes do Pico e na zona comercial do Porto de Pipas.

Fonte: Correio dos Açores

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