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Tripulante de veleiro resgatado nos Açores em operação de risco
O único tripulante ferido de um veleiro que estava desde segunda-feira à deriva ao largo da ilha de São Miguel foi hoje resgatado “numa operação de risco” que envolveu meios da Marinha e da Força Aérea portuguesas.
“Foi necessário que fossem até ao veleiro três militares da Marinha, do navio patrulha ‘Viana do Castelo’, numa embarcação semirrígida para conseguirem retirar o sinistrado de dentro do veleiro, mas devido às condições extremas de mar a semirrígida acabou por virar-se e ficaram todos dentro de água. Foram posteriormente recuperados pelo helicóptero da Força Aérea que já estava no local”, explicou à agência Lusa o capitão do porto de Ponta Delgada.
Segundo o comandante Cruz Martins, quer os militares da Marinha envolvidos na operação, quer o único tripulante do veleiro francês “SMA SOLO SAILOR”, que estava a 50 milhas a norte da ilha de São Miguel, foram transportados para as Lajes, na Terceira,
Os três militares “encontram-se bem e o sinistrado foi transportado para o hospital”.
Desde segunda-feira que o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada estava a coordenar a missão de salvamento do homem de 31 anos, único tripulante de uma embarcação que participava na regata “Ocean Masters” e que terá sofrido uma queda a bordo, “com politraumatismos nos membros inferiores”.
“A previsão é que as condições meteorológicas venham a agravar-se, de forma que foi decidido, apesar das condições muito adversas, que era a melhor janela de tempo para se realizar o salvamento”, admitiu o responsável, destacando “o sangue-frio” dos militares da Marinha e da Força Aérea neste salvamento.
Na operação de resgate foi empenhado um navio patrulha oceânico da Marinha e um helicóptero EH – 101 Merlin, do Centro de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes.
Os grupos oriental (Santa Maria e São Miguel) e central (Terceira, Faial, Pico, São Jorge e Graciosa) dos Açores estiveram na segunda-feira sob aviso meteorológico vermelho devido à agitação marítima e ao vento.
Fonte: Açoriano Oriental