O número de pescadores açorianos matriculados no arquipélago passou de 4.242 em 2001 para 1.715 em 2011. É significativo que o número de pescadores matriculados na Região aumentou entre 2010 e 2011 de 1.392 para 1.715. E este número voltou a aumentar passando para 2.948 em 2012. Entretanto, o número de patrões aumentou de 24 em 2001 para 312 em 2011.
O número de trabalhadores por conta própria na pesca nos Açores passou de 909 em 2011 para 137 dez anos depois. E o trabalhador familiar não remunerado diminuiu de 116 em 2001 para 21 em 2011. Entre 2010 e 2011, o número de trabalhadores familiares não remunerados na pesca açoriana aumentou de 17 para 21 e aumentou tendencialmente nos anos seguintes.
Os trabalhadores por conta de outrem na pesca diminuíram, na Região, de 3.185 em 2001 para 1.233 em 2011. Entretanto, entre 2010 e 2011, o número de pescadores por conta de outrem registados nos Açores já aumentou de 999 para 1.233 e voltou a aumentar nem 2012, levando à conclusão de que um número significativo de trabalhadores da construção civil, entretanto despedidos, regressaram ou foram para o sector da pesca.
Dos 1.715 pescadores açorianos que havia há dois anos, 342 não tinham qualquer instrucção, 731 tinham o primeiro ciclo do ensino básico; 435 tinha o segundo ciclo do ensino básico, 160 tinham o terceiro ciclo do ensino básico, 34 tinham o ensino secundário, um tinha o ensino pós secundário e 12 tinham o ensino superior. Pode-se perceber por estas estatísticas que mais de metade dos pescadores açorianos matriculados em 2011 não tinha mais do que o primeiro ciclo do ensino básico (a antiga quarta classe).
Dos 1.715 pescadores matriculados em 2011 na Região, 87 tinha entre 15 e os 24 anos; 452 entre os 25 e os 34 anos; 483 entre os 34 e os 44 anos; 123 entre os 55 e os 64 anos e 12 com 65 ou mais anos. A média de idades dos pescadores açorianos é de 37 anos. Já dos 2.948 pescadores matriculados na Região o ano passado, 674 tinha entre 16 e 34 anos; 1.654 tinha entre 35 e 54 anos e 620 tinha mais de 55 anos de idade.
A maioria esmagadora dos pescadores açorianos (2.028 em 2012) é polivalente na pesca, e polivalente costeiro (919). Em 2012 foram passadas 2.893 licenças de pesca nos Açores, 1.580 das quais para a arte de anzol e 469 para armadilhas. Das licenças de pescas atribuídas o ano passado, cinco foram para a arte de arrasto, 94 para a arte de cerco, e 745 licenças para a arte de redes.
Caiu em lota o preço médio do peixe para exportação entre os últimos dois anos
O preço médio do pescado aumentou nas lotas dos Açores de 1,53 euros em 2011 para 2.19 euros o ano passado. Mas esta evolução positiva resultou, sobretudo, do aumento do preço médio do atum e similares de 1,53 euros para 2,19 euros e de outros pelágicos.
As estatísticas mostram que o peixe de exportação, com excepção para o atum, diminuiu de preço entre 2011 e 2012 na Região.
O preço médio da abrótea caiu de 3,14 euros para 2,85 euros.
O preço médio do cherne caiu de 12,74 para 11,54 euros em lota nos Açores.
O preço médio do goraz em lota caiu de 9,32 euros para 8,21 euros entre 2011 e 2012.
O preço do pargo passou de 10,22 euros para 8,64 euros.
O preço dos salmonetes passou de 9,45 euros para 7,78 euros.
O preço da sardinha aumentou de 1,36 para 1,76 euros.
O preço médio do chicharro subiu de 1,60 para 2,44 euros o quilo em 2012.
O preço médio da cavala subiu de um euro para 1.33 euros o quilo no mesmo período
O preço médio dos crustáceos nos Açores subiu de 13,29 para 14.63 euros o quilo, mas o preço do caranguejo desvalorizou de uma forma incrível passando de 2,72 euros em 2011 para 0,60 euros em 2012.
Em contrapartida, a lagosta nas lotas dos Açores é a mais bem paga em Portugal, passando de 27,28 euros o quilo em 2011 para 28,37 euros o ano passado.
O preço médio dos moluscos também subiu de 4,74 euros em 2011 para 5,70 euros em 2012.
A amêijoa açoriana ‘é dourada’. O preço médio por quilo foi de 13,32 euros em 2011 e de 17,55 euros o ano passado quando o preço médio da amêijoa em Portugal é inferior a três euros.
O preço médio do polvo, em lota, passou de 7,09 euros em 2011 para 7,65 euros em 2012 nos Açores. Já o preço médio das lulas, na Região, passou de 4,65 euros em 2011 para 5,53 euros o ano passado.
Nos Açores, registou-se em 2011 uma diminuição das capturas na ordem dos 16,9%, fixando-se nas 13 366 toneladas. O decréscimo de 2.726 toneladas no total de capturas desta região em relação a 2011 foi essencialmente devido ao decréscimo ocorrido na pesca de tunídeos. Já na Madeira registou-se a descarga de 5 769 toneladas de pescado, o que representa um aumento significativo de 1 316 toneladas face a 2011 (+29,5%), resultante do volume de capturas de atuns na região, que mais do que duplicou no ano em análise (+130,7%). Nos portos dos Açores foi descarregado o ano passado, 8,8% do pescado descarregado em portos nacionais o que, em termos de valor, representa 13,4% do total nacional.
Fonte: Correio dos Açores
