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Oito instituições assinam acordo para constituição do Observatório do Atlântico
Oito instituições nacionais e regionais assinaram hoje, na cidade da Horta, nos Açores, um memorando de entendimento com vista à criação do consórcio que iá gerir o Observatório do Atlântico.
“O consórcio dará atenção particular ao mar profundo, cujo acesso, como sabemos, é privilegiado, aqui nos Açores e na Madeira, e cuja diversidade submarina é particularmente atrativa, com os seus montes submarinos, fontes hidrotermais, sulfuretos maciços, sistemas meso-pelágicos e planícies abissais”, explicou, na ocasião, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, que também subscreveu o acordo.
No seu entender, existe nos Açores “uma longa tradição, e até uma certa liderança mundial, no conhecimento produzido no contexto do mar profundo”, por via do trabalho desenvolvido pelos investigadores associados à Universidade dos Açores, cujo conhecimento tem sido reconhecido a nível internacional.
“Há capacidades endógenas instaladas para investigar estes ecossistemas, recursos humanos altamente especializados e de plataformas de investigação, e uma alargada rede de cooperação com outros países, que trazem diversos equipamentos de investigação para estas áreas”, justificou o governante.
O memorando de entendimento para a constituição do Observatório do Atlântico foi assinado pela Universidade dos Açores, pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, pelo Instituto Hidrográfico, pelo Air Center, pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, pela Associação para o Desenvolvimento e Formação do Mar dos Açores, pelo Fundo Regional de Ciência e Tecnologia e pela Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação.
Além do ministro do Mar, também Manuel Heitor, ministro da Ciência e Tecnologia, assinou o memorando, admitindo, porém, que este processo de junção de várias entidades em torno de um mesmo objetivo não foi tarefa fácil.
“Se isto demorou tanto tempo a fazer é porque sabemos que é complexa esta interação, entre diferentes atores, que têm objetivos diferentes”, reconheceu o governante, salientando que esta união de conhecimento em torno dos oceanos e do clima poderá trazer grandes benefícios, a médio prazo, no combate, por exemplo, à deposição de plásticos no mar.
O Observatório do Atlântico pretende assumir-se como um sistema integrado e de observação oceanográfica que apoie a investigação e monitorização do oceano e funcione como um portal de acesso a dados, informações e serviços associados ao oceano Atlântico, com vista à proteção, investigação, monitorização e exploração socioeconómica das suas zonas marítimas.
Para José Manuel Bolieiro, presidente do Governo dos Açores, este observatório terá também um papel fundamental na “vigilância” de “atividades fraudulentas e ilegais” que possam ocorrer nos mares do arquipélago, não apenas na área das pescas, mas até mesmo durante as campanhas de investigação científica que ocorrem na região.
“É necessária a rastreabilidade do mal que se faz ao nosso mar, mas também a importante rastreabilidade da pesquisa e da investigação, e da retirada das amostras do mar profundo que nós temos”, insistiu o chefe do executivo açoriano, recordando que “muitas vezes”, se desconhece o que retiram e o que fazem do retirado, e perde-se qualquer ligação com estes circuitos.
José Manuel Bolieiro lembrou que há quem faça “pirataria” retirando “riqueza” ao mar dos Açores, e há quem esteja “enriquecendo à custa de outrem”, atividades que espera agora poderem vir a ser mais bem controladas no arquipélago.
Fonte: Lusa