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Pesca nos Açores está a atingir “níveis preocupantes”
O investigador da Universidade dos Açores Gui Menezes alertou hoje que o esforço de pesca na região está a atingir “níveis preocupantes”, sobretudo em São Miguel e Santa Maria, defendendo a adoção de medidas.
“Eu acho que já estamos a atingir níveis preocupantes em algumas espécies como o goraz, congro e boca negra, que são, talvez, as mais críticas. Ainda não atingimos situações que não tenham retorno, mas estas têm que ser revertidas, de alguma forma”, declarou Gui Menezes à agência Lusa.
O responsável preconiza ações, “eventualmente de caráter mais urgente”, como a redução da faina, a criação de perímetros de defeso e a diminuição da atividade em determinadas áreas.
Segundo o cientista, os índices de abundância diminuíram, sendo que, nalgumas ilhas, este cenário “já era muito evidente”, desde há alguns anos.
“Nos últimos anos, em que fizemos uma campanha nalguns montes submarinos, isso começou a ser mais óbvio”, disse o especialista do Departamento de Oceanografia e Pescas, exemplificando com os bancos Princesa Alice e Açores.
A “situação mais crítica” verifica-se nas ilhas de Santa Maria e São Miguel, onde a abundância de espécies demersais (espécies de fundo) “é muito reduzida”, de acordo com Gui Menezes.
No passado, assistiu-se a um “excesso” do esforço de pesca nestas ilhas do grupo oriental e as populações de pescado diminuíram, o que não tem sido “muito positivo” para os recursos, sustentou o investigador.
“Vivemos numa zona muito frágil e as nossas águas são pouco produtivas. As nossas espécies, naturalmente, têm abundâncias baixas. Nós temos que gerir isso muito bem, até porque estamos muito isolados das margens continentais, não havendo troca de indivíduos entre a costa continental portuguesa e os Açores”, disse.
Gui Menezes adiantou que o projeto Condor tem ajudado a região a perceber como reage um banco submarino intensamente explorado em termos de esforço de pesca, quando o exercício da faina é interdito e se trabalha para recuperar as espécies piscatórias.
O secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou, em declarações à Lusa, que esta é também uma preocupação do Governo dos Açores, que financia anualmente projetos de investigação, entre os quais a iniciativa em curso no banco Condor.
Fausto Brito e Abreu explicou que o próprio setor das pescas tem pedido ao executivo açoriano a adoção de medidas especiais para algumas espécies, “se possível até paragens biológicas”, algo que se pretende estudar ao abrigo do novo quadro comunitário de apoio.
O governante apontou ainda que têm sido tomadas medidas legislativas que passam por paragens de pesca, por exemplo do goraz, uma das espécies mais importantes em termos económicos nos Açores.
Fausto Brito e Abreu acrescentou que outra das medidas passa pela interdição da arte do palangre de fundo, a principal usada para a captura do goraz, que é proibida em todas as ilhas até às seis milhas, exceto na Terceira e São Miguel, onde a proibição é até às três milhas da costa.
Fonte: O Baluarte
3 Comentários neste artigo
AÇOR
CRIMES graves que se fez nos mares dos AÇORES.e o que os governos faziam era dar taças,nunca houve uma politica seria nas pescas.
ZÉ PESCADOR
CONCORDO PLENAMENTE
Anónimo
pois é meus senhores, se todos pescassem com linha de mao talvez não estivessemos assim