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Serge Viallelle do Espaço Talassa denuncia “irresponsabilidade” de empresas na natação com golfinhos
O proprietário do Espaço Talassa, na ilha do Pico, anunciou que irá deixar de permitir aos clientes que nadem com os golfinhos.
Serge Viallelle apontou a “irresponsabilidade” de várias empresas de observação de cetáceos nos Açores que “não respeitam a lei e colocam mais de duas pessoas no mar a nadar com os golfinhos ou com outros animais, quando isso não é permitido”.
Segundo o operador turístico, a actividade “constitui um perigo para os nadadores e para os golfinhos”. “Interrogo-me como não ocorreu ainda um acidente”, refere, em declarações ao “Diário dos Açores”.
“Este ano, esta situação foi para nós a gota de água e, para a defesa da imagem da empresa e da marca Açores, consideramos importante parar com esta actividade”, acrescentou.
“Esta decisão não foi tomada de um dia para o outro. Foi uma decisão pensada. Já há mais de 10 anos que tentamos limitar os riscos para os nadadores, pedindo por exemplo, um atestado médico aos clientes que querem nadar com golfinhos, e tentamos também limitar o risco para os animais, com a promoção desta actividade apenas em pacotes de uma semana”.
Serge Viallelle frisa que a decisão de parar com a natação com golfinhos foi uma medida voluntária, mas aguarda que haja uma “decisão política neste sentido”.
Num texto enviado à comunicação social e publicado nas redes sociais, Serge Viallelle afirma que o comportamento que observa de outras empresas do sector é “assustador” e que “a lei está longe de estar a ser cumprida”.
“Não é mais possível para o Espaço Talassa defender honestamente uma atitude sustentável e um turismo responsável, continuando a vender esta actividade, É por isso que vamos para de oferecer a natação com golfinhos em 2018”, lê-se no texto veiculado.
Porquê só em 2018? “Porque já temos reservas para os próximos dois anos e não podemos voltar atrás na palavra dada aos nossos clientes”, explica Serge Viallelle, sublinhando que a empresa necessita de algum tempo para se ajustar. “A realidade é que esta actividade representa 12% da nossa facturação e perder esta percentagem de um ano para o outro é mau para a empresa. Temos que ter tempo para reestruturar esta situação e este tempo servirá para isso”, sublinha.
Falta de fiscalização das autoridades locais.
O proprietário do Espaço Talassa critica ainda a falta de actuação das autoridades. “Não fazem qualquer controlo ou fiscalização no mar”, salienta.
“O facto de não haver essa fiscalização incita ainda mais alguns operadores a continuar com esta actividade e facturar mais. Há muito dinheiro em jogo, a realidade é esta”, acrescenta.
Relativamente ao texto que divulgou, o empresário turístico aponta já ter recebido “dezenas de mensagens” de clientes e de operadores de vários países, como a Alemanha e a Holanda, a dizer que “é uma boa decisão”.
Viallelle espera que outros colegas do sector adoptem a mesma atitude, sublinhando que “com esta medida, a imagem de marca do arquipélago só tem a ganhar”.
O responsável pelo Espaço Talassa considera também o nadar com os tubarões uma “actividade completamente irresponsável”, salientando haver uma “grande necessidade de haver legislação e fiscalização a este nível nos Açores”.
“Porque, se ocorrer um acidente, não é apenas uma empresa que irá ficar manchada, mas sim toda a imagem do turismo nos Açores”, frisa.
A empresa de Serge Viallelle foi a primeira de observação de cetáceos a surgir nos Açores, em 1991.
1 Comentário neste artigo
José marques
Concordo com Serge Viallelle e acrescento que com esta e outras atitudes de preservar, e o futuro equilíbrio sustentável para o maravilhoso arquipélago dos Açores
A pérola do Atlântico,a minha paixão
Abraço
Jm