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Sindicato admite “ações de luta” caso Governo não ative FundoPesca
O Sindicato Livre dos Pescadores dos Açores (SLPA) admitiu avançar com “ações de luta” caso o Governo não ative o FundoPesca, alertando para os baixos rendimentos dos trabalhadores do setor, com famílias a viverem “em aflição”.
“O Fundopesca não é propriedade do Governo dos Açores. O Fundopesca é propriedade dos pescadores. É um fundo dos pescadores e toda a sociedade contribuiu para ele”, afirmou, numa conferência de imprensa em Rabo de Peixe (ilha de São Miguel), o dirigente do sindicato, Luís Carlos Brum, que defende um mês de inverno fixo (dezembro ou janeiro) para a atribuição daquele mecanismo no valor do ordenado mínimo regional.
O FundoPesca é um mecanismo financeiro que compensa os pescadores pela impossibilidade de irem ao mar devido ao mau tempo ou outros fatores que contribuam para a sua quebra de rendimentos.
É acionado quando durante oito dias consecutivos ou 15 interpolados, durante um mês, o mau tempo impede a saída para o mar ou não há descarga de pescado em lota.
O conselho administrativo do Fundopesca dos Açores decidiu a 12 de janeiro ativar os apoios aos pescadores das Flores e do Corvo devido ao mau tempo verificado em dezembro, excluindo as restantes sete ilhas “pelo facto de não estarem reunidas as condições previstas no diploma” que rege o fundo.
Para o presidente do SLPA, “não faz sentido uma lei que conta os dias de mau tempo seguidos e não contabiliza os restantes”, daí entender que se deveria fixar um mês de inverno para ativação do apoio financeiro e um mês (outubro) para receber as candidaturas ao fundo.
“Por razões de ondulações do mar sempre alterado, dos rendimentos dos pescadores irrisórios que rondam os 150 a 200 euros mensais, os recursos piscícolas escassos e pelos preços de venda em lota baixíssimos, pensamos que o FundoPesca deve ser ativado”, frisou Luís Carlos Brum, indicando que cerca de 1.500 a 1.600 pescadores nos Açores estão em condições de beneficiar deste instrumento.
O responsável disse que o sindicato “vai aguardar mais umas semanas para a ativação do FundoPesca” e, caso tal não aconteça, vai mobilizar os pescadores para ações que podem passar por “pequenos ajuntamentos ou protestos” para sensibilizar o Governo dos Açores para “uma questão humana”.
Segundo o sindicato, que tem sede em Rabo de Peixe, uma das maiores comunidades piscatórias dos Açores, existem pescadores que às vezes não têm “nem dinheiro para a luz, nem água e nem alimentação” e se não existisse o Rendimento Social de Inserção para apoiar estas pessoas, “elas morriam de fome”.
“O orçamento para este ano para o FundoPesca é 797 mil euros e no ano transato só foi atribuído 328 mil euros. Portanto, pensamos muito sinceramente que é possível pagar o ordenado mínimo regional aos pescadores porque há dinheiro para isso. Todos os anos existem mais de 200, 300 e 400 pescadores excluídos do processo de candidatura do FundoPesca”, disse o responsável, acrescentando que “existem muitas embarcações que querem deixar de descontar” para o mecanismo de apoio, “uma vez que não têm a devolução do seu dinheiro”.
Maria do Espírito Santo, mãe de seis pescadores e armadora, alertou, na conferência de imprensa, para a situação das famílias, algumas confrontadas com “penhoras por não pagarem a mercearia”.
Já Paulo Estrela, pescador, lembrou que os profissionais “não têm contrato individual de trabalho e não têm garantia salarial”, existindo na pesca duas realidades, as dos armadores e as dos pescadores, “os primeiros com rendimentos muito superiores, enquanto os segundos recebem entre 150 a 200 euros por mês”.
Fonte: Açoriano Oriental
4 Comentários neste artigo
pescador
hi…hi…hi…. só rir com essa politica das pescas.
PEREIRA
COM ESSAS CALMARIAS…NÃO ME PARECE..TÁ MELHOR AGORA DO QUE NO VERÃO…VÃO TER DE MUDAR OS FUNDAMENTOS DO “FUNDO PESCA”…
sou pescador.
Não fui ao mar 20 dias ontem eu fui. Foi pescaria po gasolio. Como vamos sobreviver assim
Tanta Água........................ .
Tenho (pena) que assim seja, mas deveria ter pensado nisso era antes , agora começa a ser tarde para algumas medidas.
Gostava que me respondesse, com tanta informação que tem surgido ultimamente prefere receber o fundo pesca e continuar a pescar, ou fazer uma paragem para a desova.