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Veja as Selvagens como nunca as viu // elas estão de boa saúde (vídeo)
Uma expedição da “National Geographic” encontrou um cenário “vibrante”: 51 espécies de peixes, como garoupas ou xaréus, e uma fauna e flora diversas.
O ecossistema marinho das Ilhas Selvagens, na Madeira, está saudável, concluiu a “National Geographic”, após uma expedição que encontrou 51 espécies de peixes, como garoupas ou xaréus, mais 24 grupos de profundidade e 47 grupos de algas.
“O ecossistema marinho costeiro foi avaliado como saudável, encontrando-se mais de 47 grupos de algas e apenas uma cobertura de 8% de ouriços-do-mar”, o que é um bom sinal já que grandes quantidades desta espécie podem indicar desequilíbrios na natureza, refere uma informação divulgada esta quarta-feira.
Foram também identificadas 51 espécies de peixes, de 28 famílias, incluindo algumas com valor comercial, como garoupas, barracudas, lírios e xaréus.
Este grupo de espécies mais conhecidas “foram alvo de sobrepesca em ilhas adjacentes”, mas “são comuns nas Ilhas Selvagens e atingem grandes dimensões”.
No ecossistema de profundidade, foi encontrada uma fauna diversa que inclui, pelo menos, 24 grupos de peixes característicos do fundo do mar, pertencentes a 17 famílias.
O relatório científico e o filme da expedição “Ilhas Selvagens”, realizado no âmbito do programa “Pristine Seas”, da “National Geographic”, com o apoio do Oceanário de Lisboa, foi apresentado esta quarta-feira ao Governo português, através dos ministros do Ambiente, José Matos Fernandes, e do Mar, Ana Paula Vitorino.
O trabalho pretende informar sobre o estado de equilíbrio dos ecossistemas marinhos das Selvagens, mas também sensibilizar para a necessidade de aumentar a protecção da área marinha destas ilhas.
Do carapau à baleia
A equipa de especialistas do programa fez a expedição em Setembro de 2015, com observações de espécies de peixes, de algas e da comunidade do fundo marinho em 29 locais, ao longo de 150 horas de mergulho.
Em 12 locais diferentes, câmaras remotas filmaram entre os 164 e 2.294 metros para retirar informação sobre o ecossistema de profundidade, e em outros 57 pontos os equipamentos foram colocados a meia-água, com isco para espécies pelágicas.
As câmaras revelaram várias espécies protegidas, como a baleia-de-Bryde, o golfinho-pintado-do-Atlântico ou a tartaruga-comum.
As lhas Selvagens, exemplifica a “National Geographic”, são local importante para o desenvolvimento de adultos, como o dourado, e de juvenis, como o espadim-azul ou o carapau.
Nos arquipélagos do Atlântico Nordeste, que incluem os Açores, a Madeira, Cabo Verde e as Canárias, realça a entidade, “as Ilhas Selvagens destacam-se como um ecossistema marinho vibrante, equilibrado e com uma enorme diversidade de fauna e flora”.
A reserva à volta das ilhas estende-se até aos 200 metros de profundidade e, “apesar de proteger muitas espécies costeiras, a sua pequena dimensão não permite proteger muitas espécies oceânicas, como aves marinhas, mamíferos marinhos e grandes peixes pelágicos” que dependem deste ecossistema, defendem os cientistas do programa.
O “Pristine Seas” é um programa da National Geographic que estuda ecossistemas originais e selvagens dos oceanos para contribuir para a conservação da riqueza e equilíbrio dos habitats marinhos, e já abrangeu três milhões de quilómetros quadrados de área marinha.
11 mai0, 2016
Fonte: RR