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Açores cobertos por rede de centros de reabilitação de aves selvagens
Os Açores ficam cobertos com uma rede de centros de reabilitação de aves selvagens com a inauguração, na quarta-feira, de uma unidade em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que se junta à do Pico e do Corvo.
“Esse era o nosso objetivo programático que temos vindo a implementar e que neste momento está praticamente concluído com as três estruturas principais, uma no Corvo, uma no Pico e agora a terceira em Ponta Delgada, e ficam cobertos os três grupos de ilhas do arquipélago com centros de reabilitação de aves selvagens”, afirmou hoje à agência Lusa o diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge.
O responsável adiantou que no centro de recuperação de Ponta Delgada, numa segunda fase, vão ser construídas “estruturas exteriores para a colocação das aves em período de transição para a liberdade”, enquanto no Pico está em fase de projeto a criação de um túnel de voo.
Segundo Hernâni Jorge, estes são investimentos financeiramente reduzidos, “mas com grande relevância e grande impacto em termos da preservação da avifauna selvagem e é, também, uma forma diferente de evidenciar uma nova postura do Homem e da sociedade em geral perante a natureza”.
Os centros contemplam espaços de receção e tratamento, zonas de quarentena e de alimentação, mas também “um pequeno laboratório de apoio a algumas análises e para a necropsia”, além de áreas exteriores de transição para a vida selvagem, disse o diretor regional.
O centro de reabilitação de aves selvagens no Corvo, no grupo ocidental do arquipélago, foi instalado em 2010 e justifica-se com a “grande concentração de aves migratórias” nesta área dos Açores. Desde então já recebeu meia centena de aves.
Quando ao do Pico, no grupo central do arquipélago, inaugurado em junho de 2015, recebeu cerca de 400 aves, a maioria cagarros, mas também milhafres, garajaus, mochos, gaivotas e aves migratórias, como a mobelha.
“Permitiu-nos recuperar a grande maioria destas aves e recolocá-las em ambiente selvagem novamente”, realçou o responsável que, no caso do centro da ilha de São Miguel, do grupo oriental, antecipa um “impacto significativo” no número de aves que vão ser reabilitadas.
As causas mais frequentes de entrada de aves nos centros “são a queda das crias do ninho, o atropelamento e colisão, e a debilidade (cansaço, subnutrição e desidratação)”.
O “inquilino” mais antigo dos centros dos Açores é uma coruja-das-neves, espécie raramente avistada na região, que foi resgatada na ilha das Flores e, depois de passar pelo Corvo, foi transferida para o Pico, “uma vez que este centro dispõe de apoio veterinário permanente”.
Associado aos centros, a região dispõe desde o início do ano da linha SOS Aves – 800 292 800 –, que visa “a participação de situações relativas a aves selvagens em perigo ou a necessitarem de cuidados”.
“Trata-se de um número verde (chamadas gratuitas de telemóvel ou da rede fixa) que funciona 24 horas por dia. Fora do horário de funcionamento dos serviços, pode ser deixada uma mensagem identificando a ocorrência e o local, que será tratada e encaminhada para o serviço de ambiente respetivo”, explicou Hernâni Jorge, referindo que até agora “foram recebidas cerca de uma dezena de participações” através desta linha.
Fonte: Lusa / Baluarte