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Açores integram projeto europeu Biotecnologia Azul na Macaronésia

Açores integram projeto europeu Biotecnologia Azul na Macaronésia

O Diretor Regional da Ciência e Tecnologia destacou hoje, em Ponta Delgada, a importância do projeto europeu MACBIOBLUE – Biotecnologia Azul na Macaronésia, que pretende contribuir para o desenvolvimento de novos produtos e processos de origem marinha, em especial derivados de algas, através de transferência de conhecimento para as empresas da área.

Bruno Pacheco, que falava na sessão de abertura da segunda reunião deste projeto, em que participam os Açores, Canárias, Madeira, Cabo Verde, Mauritânia e Senegal, garantiu que o Governo dos Açores vai continuar a “facilitar o estabelecimento de novas linhas de financiamento, tal como foi feito com os projetos da primeira chamada do Interreg MAC”.

O Diretor Regional lembrou que, “fruto do cofinanciamento” do Executivo açoriano, “a Universidade dos Açores alavancou quase um milhão de euros em projetos de investigação e desenvolvimento ou em estudos de aplicação, apenas no âmbito do programa de cooperação Interreg MAC”, em que se insere o MACBIOBLUE.

Na sua intervenção, Bruno Pacheco lamentou que, “fruto de uma visão restrita das funções de alguns agentes”, não sejam utilizadas linhas de financiamento públicas “desenhadas para benefício da comunidade científica” regional.

O Diretor Regional sublinhou, no entanto, “a aposta contínua” do Governo dos Açores no desenvolvimento do sistema científico e tecnológico da Região, bem como “a importância de divulgar o conhecimento científico produzido no arquipélago, de modo a dignificar o trabalho dos cientistas que trabalham nos Açores”.

Enquadrado na Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente dos Açores (RIS3), o MACBIOBLUE permite aprofundar sinergias no espaço da Macaronésia, reforçando a transferência do conhecimento científico para o tecido empresarial, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento económico da Região.

No caso dos Açores, a diversidade marinha permite perspetivar o uso de algas de modo a desenvolver processos que permitam a criação de produtos de valor acrescentado, “podendo a Região ir muito além da mera recolha e envio deste recurso para transformação noutras partes do mundo”.

Durante este segundo encontro do projeto MACBIOBLUE, que tem uma duração de dois dias e conta com a presença de vários parceiros dos Açores, Canárias, Madeira, Cabo Verde, Mauritânia e Senegal, serão debatidos temas como a utilização da biomassa como fertilizante ecológico com potencial uso para nutrição de peixes e outras aplicações, a produção da microalga ‘Navicula salinicola’ para extração do pigmento fucoxantina ou a viabilidade técnica do cultivo da microalga ‘Dunaliella salina’ em territórios insulares.

O MACBIOBLUE conta com um financiamento global de cerca de 92 mil euros e com um financiamento do Governo dos Açores de cerca de 14 mil euros.

Fonte: GaCS

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