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Aprovadas quatro propostas no parlamento dos Açores sobre o futuro da COFACO
O parlamento dos Açores aprovou, esta quinta-feira, por unanimidade, quatro propostas, apresentadas pelo CDS, PPM, PS, BE e PCP, para que sejam salvaguardados os postos de trabalho dos funcionários da conserveira COFACO, que vão ser despedidos.
Paulo Estêvão, do PPM, e Artur Lima, do CDS, apresentaram uma proposta conjunta, para que seja criado um grupo de trabalho para acompanhar este processo, que envolve cerca de 180 trabalhadores da dona da marca de atum “Bom Petisco”, que desempenham funções na fábrica da Madalena, na ilha do Pico.
“Este grupo de trabalho constrói um santuário de defesa da unidade nesta matéria”, realçou o parlamentar monárquico, que apelou ao consenso entre todos os deputados, em torno da defesa dos trabalhadores da COFACO.
Já Artur Lima, líder parlamentar do CDS-PP, realçou o facto de o grupo de trabalho ficar encarregue de elaborar um relatório, que será posteriormente apresentado na Assembleia Regional, proposta que considera ser “absolutamente consensual”.
Apesar de todas as propostas terem sido aprovadas por unanimidade, António Lima, deputado do Bloco de Esquerda, entende que é preciso ir mais longe na defesa dos trabalhadores, defendendo mesmo uma maior intervenção por parte do Governo Regional socialista.
“Por isso é que o Bloco de Esquerda e outros partidos apresentam aqui uma proposta para que o Governo Regional também faça alguma coisa, porque se for só um grupo de trabalho a fazer, os postos de trabalho não vão ser salvaguardados de forma alguma”, alegou o deputado bloquista.
Já o deputado do PCP, João Paulo Corvelo, disse que ainda é possível evitar o despedimento coletivo dos 180 trabalhadores da COFACO na ilha do Pico, apelando, por isso, ao Governo Regional, para que interceda, nesse sentido, junto da administração daquela conserveira.
Também Marco Costa, da bancada do PSD, entende que o executivo socialista poderia ter feito mais neste processo, recordando o apelo feitos pelos trabalhadores, sindicatos e forças vivas do concelho da Madalena, onde está instalada a unidade fabril da COFACO.
“São estes factos que nos fazem afirmar que este processo não tem tido o acompanhamento que devia por parte do Governo Regional”, insistiu o parlamentar social-democrata, para quem este despedimento coletivo é um caso de “emergência social e económica” para a ilha do Pico.
Mas o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes, garante que o Governo Regional fez tudo o que pode para evitar o despedimento, lamentando, por isso, que sejam atribuídas responsabilidades ao executivo em relação a esta matéria.
“Querem responsabilizar o Governo por aquilo que faz, por aquilo que não faz, por quilo que não tem de fazer, por aquilo que diz, ou por aquilo que não tem de dizer!”, desabafou o governante, que recordou, em plenário, todos os contactos estabelecidos pelo Governo com a administração da COFACO e com os seus trabalhadores.
Miguel Costa, deputado da bancada da maioria socialista no parlamento dos Açores, lamentou, por isso, que alguns partidos da oposição tentem responsabilizar o PS e o Governo neste processo, com o intuito de alcançarem “aproveitamento político”.
“Não façam aproveitamento político de uma situação dramática para aquela gente! Eu lamento que, nesta casa, o Bloco de Esquerda e o deputado Marco Costa [PSD], não tenham resistido, mais uma vez, a essa tentação”, lamentou o parlamentar socialista.
A COFACO pretende construir uma nova unidade fabril na Madalena do Pico, mas anunciou que vai despedir cerca de 180 trabalhadores que operavam naquela fábrica, durante o período em que a infraestrutura estiver a ser edificada, comprometendo-se a reintegrar, dentro de aproximadamente dois anos, “a maioria” dos funcionários que agora vão para o desemprego.
Fonte: Açoriano Oriental