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Banco Condor permanece encerrado à pesca até 2020 para continuação de estudos científicos
O Governo dos Açores, após consultar os parceiros do setor, decidiu manter a proibição do exercício da pesca demersal na área do Banco Condor, situado a cerca de 17 quilómetros da ilha do Faial.
Uma portaria publicada hoje em Jornal Oficial estabelece por um período de mais três anos a interdição à pesca com determinadas artes naquele banco submarino.
Em 2008, foi instalado no Banco Condor um observatório científico permanente onde são realizadas campanhas científicas para recolha de dados e para testar novas tecnologias de estudo de ambientes e espécies de profundidade.
Este projeto, coordenado pelo Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores, é considerado de grande interesse para o aprofundamento do conhecimento científico sobre os ecossistemas dos montes submarinos e para o estudo dos efeitos de proteção nas comunidades destes ecossistemas.
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia destacou a importância da continuidade do fecho do Banco Condor à pesca para a realização de estudos científicos que permitem, entre outras, monitorizar as dinâmicas ambientais e biológicas de várias espécies demersais, como o goraz.
Gui Menezes considerou, por isso, que manter este banco como “uma área de referência, onde não existe pesca, é essencial do ponto de vista científico para se perceber a dinâmica natural das espécies, sem a existência da influência humana”, através da comparação com os resultados obtidos nas campanhas de monitorização dirigidas às espécies demersais e de profundidade realizadas anualmente e que cobrem todas as ilhas e os principais pesqueiros do arquipélago.
O Secretário Regional salientou que os dados científicos recolhidos sobre a abundância das espécies são “fundamentais para o apoio à decisão e para fazer valer a posição dos Açores junto da Comissão Europeia sobre certas matérias da política de pescas”.
O diploma publicado hoje continua a permitir a pesca na área do Banco Condor com artes que não afetam os ‘habitats’ do fundo marinho, como, por exemplo, o salto e vara para captura de atum, desde que as embarcações estejam autorizadas pela Direção Regional das Pescas e equipadas com sistema de monitorização ou localização contínua em funcionamento.
Entre o pôr e o nascer do sol continua a ser proibida a permanência ou o atravessamento do Condor por qualquer embarcação com artes de pesca a bordo que não estejam autorizadas.
Este banco submarino, com 1,8 quilómetros de altura e 23 quilómetros de comprimento, foi encerrado à pesca pela primeira vez em junho de 2010.
O Condor, situado a cerca de 17 quilómetros da ilha do Faial, é um dos bancos submarinos mais acessíveis para a comunidade científica, já que a maioria destes bancos se encontra no oceano profundo e em mar alto, longe da costa das ilhas.
“O Condor é, hoje em dia, uma área de estudo de referência, conhecida internacionalmente, cujos resultados têm contribuído de forma muito relevante para o conhecimento científico destes ecossistemas”, frisou Gui Menezes.
Em maio realizou-se, na Horta, a primeira reunião do Grupo de Trabalho do Projeto Condor, com investigadores do DOP e associações de pesca das ilhas do Faial e do Pico, tendo sido apresentados os resultados da última campanha no local.
Os resultados da campanha de 2017 no Condor dirigida às espécies demersais ainda não estão disponíveis, dado que a campanha apenas terminou há cerca de duas semanas.
Ilustração: ©ImagDOP/UAz
Fonte: GaCS