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Base, mar, cabeços e cabeças…
O professor Miguel Monjardino, especialista em assuntos internacionais, publicou na sua habitual coluna do “Expresso” a síntese de todo um programa novo nas relações com os EUA, a propósito da Base das Lajes.
Os governos dos Açores e da república deviam chamá-lo, à semelhança de outros especialistas açorianos, para conselheiro nestas matérias, em vez de colocarem a questão das Lajes apenas no balancete do deve e haver.
Transcrevo somente a parte final do cenário proposto por Monjardino: “(…) As divergências com os EUA ocorrem no momento em que decorre o processo de delimitação da plataforma continental no Atlântico. Este é o nosso novo mapa azul. Se o quisermos manter temos de fazer duas coisas. A primeira é começar a canalizar para o Atlântico os meios e recursos que nos permitam ter algum controlo sobre este vastíssimo espaço. Se não o fizermos, alguém o fará por nós. A segunda é negociar com os EUA as bases de um entendimento para o novo mapa azul. É neste contexto que a questão das Lajes deve ser discutida”.
Quanto à revitalização da ilha Terceira, particularmente da Praia da Vitória, é preciso envolver mais a sociedade e os privados, em vez da longa lista de betão armado que não gere economia produtiva.
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TRANSINSULAR – Por falar em mar e economia, vejam-se os resultados da Transinsular, a companhia de transporte marítimo que opera para os Açores, mas também para a Madeira, Canárias, Guiné, Mauritânia e Cabo Verde: de 2013 para 2014 o volume de vendas passou, respectivamente, de 59,64 milhões de euros para 61,59 milhões.
A Transinsular está a transportar, por ano, 110 mil toneladas de carga frigorífica, 9 mil cabeças de gado só dos Açores, bem como 8 mil viaturas e 850 mil toneladas em contentores cheios.
Com esta vitalidade, eu só não percebo como é que os produtos importados nas lojas dos Açores são sempre estupidamente mais caros do que no restante território nacional.
Se não são dos transportes, então é de quê?
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PORTOS – E já que falamos de mar, custa a compreender como foi possível derramar quase 40 milhões de euros na bonita baía da Horta e os navios de cruzeiros não poderem lá atracar.
Em frente, na Madalena, outro mamarracho portuário: o terminal é tão mal feito que nem os autocarros conseguem dar a volta para a entrada dos passageiros.
Já o terminal de cruzeiros em Ponta Delgada tinha sido o que foi, com o “esquecimento” do combustível para abastecer os navios.
Para culminar a bandalheira portuária açoriana, já vamos com quase três meses do acidente mortal com o cabeço no porto de S. Roque e nem uma conclusão, nem uma informação, nem um sinal da auditoria.
Nesta região é mais fácil desencantar um subsídio do que encontrar um responsável por tanta incúria.
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SATA – Com que então uma queixa no tribunal pelo aparecimento público de documentos confidenciais da SATA.
E que tal um polícia à porta da administração para não deixar sair, imprudentemente, os documentos?
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PARTIDOS – A vitória do Syriza na Grécia é uma má notícia para os partidos tradicionais europeus e uma boa motivação para os grupos de cidadania.
A coligação com a extrema direita é que vai deitar tudo a perder.
Mas fica o aviso aos medíocres líderes europeus e aos políticos arrogantes que acham que os partidos são donos das consciências dos cidadãos.
O subsídio e os favores podem comprar alguns por algum tempo, mas não compram todos pelo tempo todo…
Pico da Pedra, Janeiro 2015
Osvaldo Cabral in RTP Açores