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Concurso “Cavala com Pinta – júnior” premeia oito alunos no Faial

Concurso “Cavala com Pinta – júnior” premeia oito alunos no Faial

O OMA – Observatório do Mar dos Açores inaugurou ao final da tarde de sábado na Sala Patrão Manuel, na Fábrica da Baleia de Porto Pim, uma exposição que reúne todos os trabalhos realizados no âmbito do Concurso “Cavala com Pinta – Júnior”, numa cerimónia que serviu também para proceder à entrega dos prémios.

O concurso “Cavala com Pinta – Júnior”, destinado a crianças até aos 12 anos, é uma iniciativa do Centro de Ciências do Mar Universidade do Algarve, inserida nas atividades do projeto Cavala Algarvia e foi lançado em outubro de 2015.

O OMA considerou o projeto interessante e resolveu dinamizá-lo na ilha do Faial. A adesão foi tanta que acabou por ter uma enorme participação por parte dos alunos faialenses e até mesmo professores e  reuniu mais de trezentos trabalhos.

Maria Joana Cruz, responsável pela dinamização do projeto junto das escolas, explicou ao Tribuna das Ilhas, que o projeto foi dinamizado pelo OMA em colaboração com alguns professores que “por iniciativa própria pegaram na ideia e concorreram com os seus alunos”, “noutras turmas fomos nós que fizémos o contato e adicionamos à pintura da cavala uma pequena oficina intitulada ‘põe o olho no peixe que comes’, que abordou a sustentabilidade da pesca e o consumo responsável do pescado”, adiantou.

Segundo Joana Cruz, a participação por parte da ilha do Faial foi tão grande que “houve muitos premiados”, neste sentido “acabamos por decidir fazer uma entrega de prémios formal, em vez de serem os professores a entregar os prémios na escola”, disse.

Esta cerimónia, no entender da responsável foi também uma forma “interessante de expor os trabalhos, uma vez que existem trabalhos fabulosos”, acrescentando que “os miúdos gostaram muito da ideia e aderiram”, considerando que “a oficina foi muito gira de dinamizar e penso que mesmo para os próprios professores foi muito interessante”, salientou.

Como forma de valorizar estes trabalhos, o OMA reuniu todos os desenhos em duas telas que posteriormente seguirão para a EBI- António José d’Ávila, onde ficarão a título permanente. “Fizémos umas lonas à medida de duas paredes da escola Básica e Integrada da Horta, com todas as cavalas que vão ser oferecidas e ficar expostas a longo prazo neste estabelecimento de ensino”, referiu.

Para além dos painéis a Universidade do Algarve também lançou um livro digital com todas as cavalas apresentadas a concurso.

Este projeto envolveu ainda cerca de seis professores que contribuíram também para o êxito da iniciativa. “Foi um trabalho de equipa, entre o OMA e os professores aderentes”, revela a responsável pela dinamização do projeto, que se encontrava bastante satisfeita com o sucesso que a atividade teve na ilha.

Questionada sobre a importância destas iniciativas, Joana Cruz  adianta, que  o OMA enquanto Centro de Ciência tem a obrigação divulgar o mar, nomeadamente no que diz respeito “à sustentabilidade do pescado, à forma como é apanhado nos Açores e como deve ser consumido”, afirma reforçando que estas “são mensagens muito importantes de passar aos mais novos, porque daqui a uns anos serão eles os consumidores responsáveis e não nós e no fundo é sempre uma maneira divertida de abordar o assunto”.

Quanto à repetição da iniciativa, a responsável, esclarece que uma vez que o projeto é da Universidade do Algarve, desconhece se esta tem ou não a intenção de dar continuidade, no entanto e tendo em conta a importância que estas atividades têm junto das crianças garante que o OMA tem previstas “iniciativas similares dentro da mesma linha”.

Joana Cruz considera que as crianças aderem muito bem a estas iniciativas, na medida em que, “ligam a Ciência e a Biologia à pintura e à arte”. “É uma coisa que as crianças respondem muito bem, eles gostam de aprender mexendo em qualquer coisa”, reforça.

No top dez do Faial, classificaram-se: Maria Rita Rodrigues, Ana Cebola, Sara Silveira, Inês Sousa, Maria Clara Malaquias,  Miguel Lourenço, Diogo Freitas e Bruno Oliveira.

Esta atividade estendeu-se também à Creche e Jardim de Infância “O Castelinho”.

Fonte: Susana Garcia / Tribuna das lhas

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