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De São Jorge para o Mundo, a centenária indústria conserveira continua viva
É na vila da Calheta, São Jorge, que resiste uma fábrica fundada nos anos de 1930 e que continua a ser herdeira de uma prática antiga: a pesca e transformação de atum, de forma tradicional e sustentável. A Fábrica de Santa Catarina, com um volume de vendas anual superior a sete milhões de euros destina metade da produção para a exportação e emprega actualmente 110 pessoas. «Uma responsabilidade social enorme e com impactos socioeconómicos no concelho», diz Maria João Brissos, Directora Comercial e de Marketing.
O método de pesca (com linha e anzol designada por «Salto e Vara»), transformação e embalamento é todo ele tradicional, seguindo a tradição usada pelos antigos mestres conserveiros.
Na Fábrica de conservas Santa Catarina, na Rua do Roque, vila da Calheta, São Jorge, trabalham actualmente mais de cem pessoas, um «impulso tremendo em termos daquilo que é o impacto socioeconómico local» e da «responsabilidade social da empresa», como considera Maria João Brissos.
A Directora de Marketing da Santa Catarina explica que a fábrica labora desde «os anos 30 do século XX», tendo sofrido ao longo do tempo «várias convulsões, mudou de nome, foi comprada, etc.».
A designação actual (Santa Catarina) existe desde 1995 «embora a fábrica, tal como existe hoje, seja a mesma desde os anos de 1950», revela.
Na fábrica é produzido «todo o tipo de conservas de atum», conta Maria João. Entre eles, filetes claros e rosados de atum em azeite com funcho, tomilho, molho cru, orégãos ou os filetes de atum em azeite com piripiri, bem como patés de atum com orégãos ou patés simples. Tudo com sabor a mar.
O método de pesca (com linha e anzol designada por «Salto e Vara»), transformação e embalamento é todo ele tradicional, seguindo a tradição usada pelos antigos mestres conserveiros.
Na Fábrica de conservas Santa Catarina, na Rua do Roque, vila da Calheta, São Jorge, trabalham actualmente mais de cem pessoas, um «impulso tremendo em termos daquilo que é o impacto socioeconómico local» e da «responsabilidade social da empresa», como considera Maria João Brissos.
A Directora de Marketing da Santa Catarina explica que a fábrica labora desde «os anos 30 do século XX», tendo sofrido ao longo do tempo «várias convulsões, mudou de nome, foi comprada, etc.».
A designação actual (Santa Catarina) existe desde 1995 «embora a fábrica, tal como existe hoje, seja a mesma desde os anos de 1950», revela.
Na fábrica é produzido «todo o tipo de conservas de atum», conta Maria João. Entre eles, filetes claros e rosados de atum em azeite com funcho, tomilho, molho cru, orégãos ou os filetes de atum em azeite com piripiri, bem como patés de atum com orégãos ou patés simples. Tudo com sabor a mar.
A marca está presente em inúmeras lojas em Portugal mas o motor económico da empresa assenta na exportação, que representa 50% do volume de vendas. Os Açores contam com 10% e o Continente com 40% de vendas.
«O nosso maior mercado é europeu, com Itália a destacar-se, seguindo-se depois a Inglaterra. Fora da Europa, destaco os EUA, Canadá e Moçambique», afirma.
Em vista estão novos mercados como a Alemanha, a França, Escandinávia e Brasil, este último que requer mais «cuidado» sobretudo por ser um mercado «muito específico, fechado e que ao nível dos licenciamentos é muito rígido».
Outro objectivo futuro passa por «alargar a componente de inovação dentro dos produtos fabricados com azeites biológicos nacionais».
Sustentabilidade e preservação da espécie:
Maria João Brissos salienta, por fim, que a Fábrica de Santa Catarina tem um papel muito importante» não só na economia local como na sustentabilidade, respeitando o ecossistema marinho e salvaguardando a espécie.
Tal como referido no início da reportagem a pesca de atum nos Açores utiliza o método do «Salto e Vara», considerada por muitos como «amiga do ambiente» já que «ao contrário da pesca de arrastão», permite aos pescadores seleccionarem o peixe necessário. «Isto, claro está, obriga a um processo mais lento, de muitas horas, desde o início (em que o pescador tem de detectar a presença do atum e só depois é lançado o isco ao mar atraindo o cardume de atuns).
«Pescamos o peixe, limpamos, transformamos a matéria-prima, tudo trabalhado à mão, sem uma única máquina, num processo tradicional para garantir o futuro e o amanhã», afiança, relembrando que, «desde que haja atum, iremos continuar a nossa missão».
«Porque para fazer milhões de latas todas iguais a 50 cêntimos não vale a pena. Queremos marcar a diferença, contar uma história e incrementar nos nossos produtos o selo de sustentabilidade», refere.
A imagem que a empresa adoptou desde 2011 (as latas de atum embrulhadas em papel de jornal, cada uma com uma receita) é para a responsável «uma marca de qualidade».
«O consumidor sabe que o produto tem valor, que alguém o embrulhou, com carinho. E esta relação emotiva entre o consumidor e o produto é, para nós, fundamental», remata.
Fonte: Café Portugal