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DOP // Recaptura de peixes marcados no banco Condor

DOP // Recaptura de peixes marcados no banco Condor

A campanha anual de monitorização de peixes demersais do Condor decorreu entre 11 e 22 de Outubro a bordo do navio N/I Arquipélago.

O trabalho correu bem e deixou os cientistas satisfeitos com a recaptura de peixes marcados! Desde a campanha Condor de 2009 que os peixes que chegam ao anzol em boas condições – com maior prevalência o goraz e o boca-negra – são medidos, marcados e libertados, com o objectivo de os recapturar, para recolher informações sobre o seu crescimento, a ecologia e o comportamento espacial. Durante este cruzeiro recapturámos um goraz que tinha sido marcado no Condor em Julho de 2014: este indivíduo cresceu meio centímetro em 15 meses.

Capturámos também um boca-negra que tinha sido marcado no Condor em 2009, na mesma área do banco em que tinha sido libertado, a confirmar os hábitos sedentários desta espécie. Em seis anos, o boca-negra recapturado cresceu 7,5 centímetros: depois de o termos medido, libertámo-lo novamente… e esperamos poder recapturá-lo no futuro! Até hoje marcámos mais de 3500 peixes no Condor, dos quais 2728 gorazes e 743 boca-negras, e recapturámos 3 gorazes e 3 boca-negras, todos no Condor.

Além do trabalho de marcação, recolhemos dados sobre as abundâncias e a biologia das espécies, utilizando o palangre de fundo, e imagens subaquáticas do Condor e da sua fauna. O desenho experimental aplicado no Condor prevê que se repitam os lances de pesca na mesma posição ao longo dos anos, para cobrir o banco em toda a sua área, do cume até aos 1200 m de profundidade. Os resultados preliminares obtidos neste cruzeiro indicam que o goraz é a única espécie que mostra uma tendência clara de aumento de abundância no banco, no entanto serão efectuadas análises mais detalhadas nos próximos meses, para avaliar em geral qual o estado dos recursos de peixes demersais do Condor.

O banco Condor continua a representar uma área de estudo privilegiada para os cientistas que investigam o mar profundo e a gestão de recursos marinhos, graças ao estatuto especial ditado pela Portaria Regional nº88/2014 que regulamenta o acesso ao banco, não sendo permitida a pesca de espécies de fundo desde meados de 2010.

Fotografia: ©ImagDOP/UAz

Fonte: Notícias do DOP

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