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6/04/2011: Embarcação afundou a sul do cabo Espichel, dois pescadores salvos e um terceiro faleceu
Uma embarcação de pesca de Setúbal afundou, esta quarta-feira de madrugada, a cerca de uma milha a sul do cabo Espichel, tendo a Marinha resgatado com vida dois tripulantes. Um terceiro pescador, com mais de 60 anos, faleceu. O corpo já foi resgatado.
O terceiro tripulante “foi ao fundo com o barco de pesca, porque se encontrava no interior”, tendo entretanto os mergulhadores da Armada recuperado o cadáver do fundo do mar, precisou fonte da Marinha à Agência Lusa.
Os meios de socorro “demoraram cerca de 20 minutos a chegar ao local”, o que permitiu “retirar do mar com vida dois dos pescadores da embarcação”, acrescentou.
A comunicação de pedido de socorro foi “interceptada pelo Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa, cerca das 5 horas da madrugada”, que de imediato enviou para o local um “helicóptero EH-101 da Força Aérea, a corveta António Enes, além de meios navais da Polícia Marítima”, explicou a mesma fonte.
A embarcação de pesca ‘Pérola do Bom Sucesso’ laborava a partir do porto de Setúbal e tinha saído para a faina na tarde de terça-feira, afirmou à Lusa o comandante de Porto da cidade.
Os dois pescadores sobreviventes foram transportados para o Hospital Garcia de Horta, em Almada, referiu fonte da Armada, adiantando que os dois homens “apresentavam sintomas de hipotermia” mas que já se encontram bem.
De acordo com os relatos dos dois sobreviventes à Polícia Marítima, a “embarcação afundou de proa” pelo que o terceiro tripulante, com mais de 60 anos, “não se conseguiu salvar”.
Fonte: Jornal de Notícias
2 Comentários neste artigo
Anónimo
Não se dá o devido valor ao homem do mar. Na verdade, olha-se para o homem do mar como se de lepra, por vezes, se tratasse devido ao seu modo rude e simples de ser em que »tudo o que vem á boca é peixe» (metáfora). Se bem que é verdade que as mentalidades têm vindo a mudar, e muito, a verdade é que a imagem que se tem do pescador é esta: homem de rudes modos embora simples, terra-a-terra. Mas só quem lida com estes homens que vão diariamente para o mar, alguns por 10 a 15 dias, longe das famílias é que sabe dar o seu devido valor. E o que dirão as famílias que ficam em terra, sem ter qualquer contacto com os mesmos, sem saber se estarão bem ou mal, se,se,se… não passam de conjecturas que, infelizmente, algumas vezes, não correspondem ao nossos mais fervorossos desejos de uma feliz e vitoriosa chegada a bom porto com o porão cheio de pescado. Julgo que quem fica em terra, fica sempre com o coração nas mãos pois quem anda nesta vida, geralmente, gosta do que faz: alguns dizem que fugiam da escola para irem com os pais para o mar. Sempre se disse que «quem anda por gosto não se cansa» e parece ser mesmo verdade.
Seja como for, deve-se louvar estas pessoas, estes trabalhadores, estes seres humanos que arriscam a própria vida, todos os dias, e para receberem fracos ordenados, no Inverno, pois se é verdade que no Inverno se ganha mal, também é verdade que no Verão as coisas correm muito melhor. Têm de ser como as formigas, os pescadores, poupando no Verão, para sobreviverem no Inverno.
Um bem haja às autoridades marítimas por terem salvo estes pescadores e que Deus guarde o seu companheiro de viagem.
Anónimo
Os pescadores estão sujeitos às intempéries e aos imprevistos. Quem sabe o que terá acontecido? Provavelmente, será mais um daqueles casos em que algo embateu na embarcação de repente e sem que nada o pudesse prever ou fazer algo para evitar, ou até mesmo sem que não se pudesse fazer nada para socorrer o outro tripulante.