Mar Aberto é a crónica de viagem de dois Quixotes entre os mares do Atlântico e as costas do Mediterrâneo. Dois patéticos marinheiros que confundem o Ilhéu das Cabras com Lepanto, confundem Galateia com Sereia e buscam Sereias que nem a morte lhes valem. Regressam depois, doridos e fustigados. Os tristes marujos são Carlos Medeiros e Pedro Lucas, réus convictos de trocar as voltas às tradições atlânticas. Roubaram palavras a outros e deram-lhes cores de viagens a um Magrebe imaginado, a uma Andaluzia que talvez até fosse o Algarve, e Áfricas que um dia foram colónia. Diz-se que se fazem acompanhar por um bando de curandeiros e malfeitores: um xamã das américas que dá pelo nome de Ian Carlo Mendonza, um obscuro maquinista a quem chamam de Luís Lucena, e um encantador de monstros marinhos, Augusto Macedo.
Foto: © Alípio Padilha
Fonte: Teatro Faialense
