Genuíno Madruga foi hoje condecorado pela Marinha Portuguesa, com a Medalha Militar da Cruz Naval, de primeira classe, que recebeu das mãos do Secretário de Estado da Defesa Nacional, numa cerimónia que decorreu a bordo do navio da Marinha Viana do Castelo, em Ponta Delgada.
Marcos Perestrelo enalteceu o comendador, reconhecendo-o como “o maior marinheiro português vivo”, dirigindo-lhe palavras de agradecimento pelos seus feitos marítimos e elogiando-lhe o currículo, nomeadamente pelas duas voltas ao Mundo em solitário, pela defesa e projeção do nome de Portugal, pela portugalidade que ele próprio transportava”, e por ter dado a conhecer os costumes da sua terra e procurando saber também o que se passava nessas terras”.
“Este reconhecimento, numa terra de marinheiros como é Portugal, como são os Açores, é o reconhecimento que deve ser dado pela Marinha portuguesa e por todos os portugueses, e deve ser dele dado nota pública”, considerou o Secretário de Estado da Defesa Nacional.
Feliz com a condecoração, Genuíno Madruga disse “ sentir-se um pescador”, recordando que foi assim, no mar, na pesca, que começou a sua vida aos 12 anos, acreditando que se não tivesse sido pela pesca as viagens não teriam sido possíveis.
Nas suas viagens levou um pouco de Portugal às comunidades por onde passou, recorda que encontrou portugueses em toda a parte e lembra que era tratado como “ se fosse o Vasco da Gama” nos sítios onde aportava.
“Os nossos emigrantes recebiam-me de braços abertos. No fundo eu “transportava a pátria”, que eles um dia tinham deixado para trás”, revelou.
Uma terceira viagem já navega no imaginário de Genuíno, se um dia a realizará não sabe, para já reserva-se às lembranças de sonhos que já tornou realidade.
A Medalha Militar da Cruz Naval destina-se a galardoar os militares, militarizados e civis, que no âmbito técnico profissional revelem elevada competência, extraordinário empenhamento e relevantes qualidades pessoais, contribuindo significativamente para a eficiência prestigio e cumprimento da missão da marinha
Fonte: Açores 24 Horas
