O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Horta, que “todos os anos chegam entre 10 a 12 milhões de toneladas de plásticos aos oceanos”, defendendo, por isso, que “é uma responsabilidade de todos evitar que isso aconteça”.
“O Governo dos Açores tem levado a cabo uma série de iniciativas para evitar e mitigar este problema”, frisou Gui Menezes, destacando a criação do Plano de Ação de Lixo Marinho dos Açores (PALMA), que “contém várias medidas de monitorização e sensibilização, envolvendo várias entidades e parcerias”.
Gui Menezes, que falava à margem de uma visita à exposição ‘Plasticus Maritimus’, afirmou que este trabalho é “uma forma interessante” de sensibilizar as pessoas para “a necessidade de reciclarem os seus resíduos, de evitarem a utilização de plásticos e de terem mais responsabilidade em relação ao ambiente”.
Na semana em que se assinala o Dia Mundial do Mar, Gui Menezes alertou para “o problema do lixo nos oceanos que afeta os ecossistemas marinhos”, destacando “vários projetos científicos de monitorização” levados a cabo pela Universidade dos Açores, nomeadamente o LIXAZ, que “monitoriza o lixo” que ocorre na orla das ilhas açorianas e “estuda o seu impacto em organismos marinhos”.
A título de exemplo, referiu que, no ano passado, “foram analisadas 30 tartarugas marinhas, sendo que cerca de 80% dos animais continham plástico no seu organismo”, acrescentando que, no âmbito da Campanha SOS Cagarro de 2015, foram encontradas 149 aves com presença de plásticos no organismo, numa média de cinco fragmentos por animal.
Estes valores, segundo o Secretário Regional, “dão bem nota do problema que temos em mãos e do impacto que os plásticos têm nos ecossistemas marinhos”.
Promovida pelo Observatório do Mar dos Açores, a exposição ‘Plasticus Maritimus’, da autoria da bióloga marinha Ana Pêgo, pode ser visitada até sábado no Banco dos Artistas, na Horta.
Fonte: GaCS
