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Ilha Terceira acolhe secretariado de rede científica mundial de observação marinha

Ilha Terceira acolhe secretariado de rede científica mundial de observação marinha

A Terceira é sede do novo secretariado que irá coordenar a Rede Mundial de Observação da Biodiversidade Marinha (Marine Biodiversity Observation Network – MBON), que ficará hospedado no Air Centre (AtlanticInternational Research Centre), instalado no Parque de Ciência e Tecnologia Terinov.

Para Pedro Silva, Director do Laboratório de Observação da Terra, integrado no Air Centre, a parceria com a Rede Mundial de Observação da Biodiversidade Marinha vai permitir “ligar o Air Centre a uma rede mundial, coordenar novas actividades e trazer novos projectos para a rede do Air Centre”.

“Esta ligação permite estarmos em mais projectos e estarmos ligados a mais entidades, que por sua vez podem trazer novas actividades para a Região e para outros parceiros do Air Centre”, sublinhou, em declarações ao Diário Insular.

O responsável destacou a importância da biodiversidade na observação da terra e disse que a parceria vai permitir que o laboratório tenha uma “voz mais activa” nesta questão e que possa “entrar em consórcios e novos projetos”.

“É uma ligação vital para os desafios que se colocam agora”, frisou, referindo-se às alterações climáticas. Segundo Pedro Silva, esta rede, que integra cientistas de todo mundo, pretende encontrar as melhores práticas e tornar a informação mais uniforme na comunidade científica, o que facilitará a a troca de informação entre os diferentes cientistas.“O objetivo deste grupo ao ‘standardizar’ a informação permite ligar todos os fenómenos muito diversos das alterações climáticas e tirar daí conclusões para a tomada de decisões de políticos e outras entidades que fazem a gestão de recursos”, explicou. A parceria com rede vai permitir ao Laboratório de Observação da Terra “estar a par do que está a ser feito”, frisou.

Segundo uma nota de imprensa do Air Centre, o acordo com o MBON e com o Fundo Regional dos Açores para Ciência e Tecnologia, celebrado em Novembro de 2018, tem como objectivo “contribuir para políticas de gestão eficazes da biodiversidade oceânica e serviços ecossistémicos, localmente, nos Açores, e internacionalmente, para o Atlântico e a nível global”. O MBON é uma “coalizão de voluntários” que concorda partilhar conhecimento e a capacidade para avaliar as mudanças da biodiversidade no oceano, incluindo dados, produtos, protocolos e métodos, sistemas e software de dados, para informar e apoiar a gestão sustentada e a utilização e saúde dos ecossistemas marinhos a longo prazo.

Fonte: Correio dos Açores

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