-
Procissão e Cortejo Náutico Nossa Sra da Guia na cidade da Horta - 30 de Julho, 2024
-
Fecho da quota de pesca de Atum-Patudo - 8 de Maio, 2024
-
Aviso de fecho da quota de bycatch de Atum Rabilho - 8 de Maio, 2024
-
Capturas acessórias de atum patudo - 26 de Abril, 2024
-
Restrições ao exercício da pesca dirigida ao atum-patudo - 26 de Abril, 2024
-
Fecho da quota de Atum Rabilho - 18 de Abril, 2024
-
Pescadores dos Açores estão preocupados com novas áreas marinhas protegidas e pedem revisão - 31 de Agosto, 2023
-
Semana do Mar 2023: Cortejo Náutico Nossa Senhora da Guia - 4 de Agosto, 2023
-
Fecho da quota do Espadarte - 7 de Junho, 2023
-
Fecho da pesca de Atum Patudo - 2 de Junho, 2023

Incentivos para abate de embarcações de pesca nos Açores é um “rude golpe” no sector”, diz PCP
O coordenador do PCP nos Açores, Vítor Silva, criticou ontem a estratégia do Governo Regional nas pescas, nomeadamente o processo de reestruturação do sector, e considerou que o reajustamento da frota vai provocar desemprego e pobreza.
“O anúncio da intenção de abate de barcos anunciado por parte do Governo Regional é um rude golpe neste sector. Este abate de embarcações só visa afastar largas centenas de pescadores, a maior parte dos quais herdeiros de gerações e gerações de pescadores e desde sempre pertencentes a comunidades piscatórias”, disse, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.
Para o PCP, “este abate visa a redução drástica da actividade, principalmente da que é sustentável para os recursos açorianos e irá, como é óbvio provocar mais desemprego num sector já de si com graves problemas sócio-económicos, lançando ainda mais famílias e as suas comunidades na pobreza”.
“Esta política demonstra, que quer o Governo Regional, quer o governo da República não têm de facto uma estratégia para as Pescas e que navegam à vista, subordinados aos desígnios das directivas que lhe são impostas por Bruxelas e ao serviço das grandes frotas depredadoras dos nossos recursos”, referiu Vítor Silva.
“As pescas, na Região, sofrem há anos uma deterioração progressiva, que nenhuma propaganda pode desmentir. A frota artesanal tem sido dizimada desde a adesão à União Europeia (de 1947 embarcações passou-se a menos de 600, sendo que muitas delas passam períodos de pesca inteiros paradas por falta de rentabilidade”, apontou, acrescentando que, “embora com variações de ilha para ilha, a pobreza entre as comunidades piscatórias continua a ser uma realidade indesmentível e os rendimentos dos pescadores são extremamente baixos, para além dos 3000 pescadores existem as suas famílias: estimamos que dez por cento da população está de facto dependente desta fonte de rendimento”.
“Para o PCP que acompanha com preocupação este novo ataque a este sector produtivo, a situação é deveras preocupante. Para nós, PCP o importante é o investimento nas pescas, e a prossecução de políticas que fomentem os aumentos dos rendimentos e dos salários dos pescadores”, referiu o coordenador do PCP/Açores.
Foto: Jose Sousa
Fonte: Diário dos Açores