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Naufrágio do “Prestige”. Nova condenação abre portas a pedido de indemnização milionária

Naufrágio do “Prestige”. Nova condenação abre portas a pedido de indemnização milionária

Catástrofe ambiental, em 2002, provocou o derramamento de cerca de 63 mil toneladas de fuel nas costas da Galiza, Astúrias, Cantábria e Sul de França. Foi a pior maré negra da história de Espanha.

O Supremo Tribunal de Justiça espanhol condenou esta terça-feira a dois anos de prisão o capitão do “Prestige”, petroleiro que se afundou ao largo da Galiza em 2002.

Apostulus Magalus, de nacionalidade grega, foi condenado por “negligência” da qual resultou a catástrofe ambiental, anulando a sentença anterior que o ilibava de qualquer responsabilidade criminal, segundo a agência Reuters.

A 13 de Novembro, o navio liberiano com pavilhão das Bahamas afundou-se ao largo da costa da Galiza e causou uma das maiores catástrofes ecológicas de sempre.

A decisão abre a porta a novos pedidos de indemnização contra o capitão e a seguradora (“The London Steamship Owners Mutual Insurance Association”) no valor de quatro mil milhões de euros.

Nesta decisão, o capitão foi acusado permitir a navegação do petroleiro sob condições traiçoeiras, tendo consciência da fragilidade da estrutura do navio, que transportava duas toneladas de fuel a mais.

O tribunal regional galego já tinha concluído que era impossível estabelecer a responsabilidade criminal e que o desastre foi em parte devido ao estado do petroleiro com 26 anos e à falta de reparação.

O acidente provocou o derramamento de cerca de 63 mil toneladas de combustível nas costas da Galiza, Astúrias, Cantábria e Sul de França. Foi a pior maré negra da história da Espanha, obrigando ao encerramento de uma das zonas de pesca mais ricas do país.

O petroleiro, construído em 1976, navegava com o pavilhão das Bahamas. No interior, estavam 77 mil toneladas de crude. Devido à força das vagas um dos tanques começou a vazar.

Segundo um relatório oficial apresentado numa sessão do julgamento inicial, que arrancou em Outubro de 2012, o naufrágio teve como origem uma reparação deficiente do petroleiro. O documento, da autoria de Charles Cushing, um reputado engenheiro naval, revela que em 2001 o “Prestige” foi submetido a uma reparação num estaleiro chinês, mas que regressou à actividade em piores condições do que quando chegou.

Fonte: Rádio Renascença

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