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Navio «Cecília A» impedido de descarregar no Porto da Horta

Navio «Cecília A» impedido de descarregar no Porto da Horta

O navio de transporte de mercadorias «Cecília A» foi hoje impedido de operar no Porto da Horta por falta de espaço, situação que ocorreu «pela primeira vez em 30 anos», afirmou o proprietário da embarcação
Manuel Cristiano, da Empresa de Lanchas do Pico, revelou que o seu navio, que assegura o transporte de mercadorias entre as ilhas do Triângulo (Faial, Pico e São Jorge), foi obrigado a regressar ao Porto da Madalena depois de não ter conseguido atracar na Horta.

«Depois de cinco horas de navegação à espera de oportunidade para atracar e depois de 400 litros de gasóleo gastos, dei instruções para que o navio regressasse ao Pico», afirmou o empresário, garantindo ter sido «a primeira vez em 30 anos» que aconteceu uma situação destas.

O navio transportava gás butano, viaturas e produtos congelados, que acabaram por não ser descarregados.

Luís Paulo Morais, administrador da empresa Portos dos Açores, afirmou que havia espaço para o navio atracar, acrescentando que isso não aconteceu por causa da «recusa» do comandante de um barco de recreio em fazer avançar a embarcação ao longo do cais para criar espaço para o navio de mercadorias.

«O comandante do iate recusou-se a fazer isso», frisou Luís Paulo Morais, acrescentando que a Portos dos Açores pediu a intervenção da Polícia Marítima e do capitão do Porto da Horta para tentar ultrapassar a situação.

Por seu lado, o capitão do Porto da Horta salientou que o comandante do iate alegou «não ter condições de segurança» para efetuar a manobra, atendendo ao vento forte e à ondulação.

«Perante estas razões de força maior, não podemos intervir», afirmou Jorge Chícharo.

Apesar disso, Luís Paulo Morais assegurou que a Portos dos Açores vai imputar ao armador do iate as despesas decorrentes do facto de o navio de mercadorias não ter conseguido descarregar.

O «Cecília A» vai tentar atracar de novo no Porto da Horta na manhã de amanhã, o que obrigará a cancelar a viagem que deveria realizar para a ilha de São Jorge.

As más condições atmosféricas provocaram também um acidente no molhe do novo cais de passageiros do Porto da Horta, ainda em construção, envolvendo um iate de pequenas dimensões que estava com problemas de motor.

A embarcação, com três tripulantes, sofreu um pequeno rombo no casco provocado pelo choque contra o molhe, tendo sido socorrida pelo rebocador «Engenheiro Tibério Blanc» e, posteriormente, retirada da água para reparação.

Fonte: Incentivo

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