Social
Navio “Mestre Simão” avariado e sem data para retomar ligações nos Açores

Navio “Mestre Simão” avariado e sem data para retomar ligações nos Açores

O navio “Mestre Simão”, que assegura habitualmente as viagens entre as ilhas do Faial e do Pico, nos Açores, está avariado há mais de uma semana e a empresa proprietária desconhece quando é que o ferry retomará a operação.

A embarcação, que tinha estado em doca seca nos estaleiros de Aveiro para manutenção, no final do ano passado, ficou imobilizada no terminal marítimo da Horta, no Faial, poucos dias depois de ter regressado à região, com um problema num dos injetores do navio, que tem capacidade para transportar 344 passageiros e oito viaturas.

Num comunicado hoje divulgado, a Atlânticoline, empresa pública açoriana de transporte marítimo de passageiros e viaturas, refere que a avaria no motor da embarcação está “ainda em fase de reparação”, adiantando que, devido à sua complexidade, “é prematuro avançar uma data para o reinício da operação”.

“Inicialmente foi detetada a avaria num dos injetores do motor e, uma vez que estes tinham sido substituídos na recente na docagem do navio, a Atlânticoline solicitou a vinda de técnicos certificados da INDUMA, empresa representante em Portugal da MTU, fabricante alemã dos motores utilizados nos ‘ferries’”, explica o comunicado.

Contudo, a avaria “não estava limitada ao injetor” do navio, tendo sido afetados “outros equipamentos associados ao funcionamento do motor”, que, segundo a empresa, tem apenas “cerca de 5.000 horas de funcionamento”.

A Atlânticoline acrescenta que foi necessário encomendar peças à Alemanha, mas lamenta que até mesmo o fabricante não tenha algumas das peças disponíveis em ‘stock’, razão pela qual a reparação “está a demorar mais do que o desejável”.

“Para já, tendo em conta a especificidade e complexidade dos trabalhos de reparação que esta avaria exige, é prematuro avançar uma data para o reinício da operação”, informa o mesmo comunicado.

A administração da empresa refere ainda que, após a conclusão dos trabalhos, irá levar a cabo “testes de mar” para verificar o sucesso das reparações efetuadas no motor.

Entretanto, a Atlânticoline solicitou a uma outra empresa uma peritagem para identificar as possíveis causas desta avaria e acionou ainda o seguro de casco e máquinas.

As viagens entre as ilhas do Faial e do Pico (canal que movimenta mais de 350 mil passageiros por ano) estão a ser asseguradas pelo “Cruzeiro do Canal” e pelo “Cruzeiro das Ilhas”, dois barcos de menor dimensão, que apenas podem transportar passageiros.

O navio “Mestre Simão” e o seu irmão gémeo, o “Gilberto Mariano”, ambos com 40 metros de comprimento, foram construídos em 2013 nos “Astilleros Armon”, em Espanha, e custaram cerca de 18,6 milhões de euros.

Foto: Miguel Nóia

Fonte: Açoriano Oriental

 

Deixe um Comentário