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“Nos Mares do Fim do Mundo”, de Bernardo Santareno
Entre 1957 e 1959, o jovem escritor e médico António Martinho do Rosário embarcou como médico da frota bacalhoeira portuguesa na Terra Nova. Daquilo que viveria nesses três anos nasceu a sua única obra de prosa e um documento único e ao mesmo tempo épico, íntimo, cruel e de uma sensibilidade pungente. Um objeto estranho na literatura portuguesa misto de diário, literatura de viagens, reportagem, ensaio poético e grande aventura. Esta co-edição acrescenta dois textos e várias fotografias inéditos.
O Museu Marítimo de Ílhavo associou-se à reedição da obra “Nos Mares do Fim do Mundo”, de Bernardo Santareno. Esta edição, construída em parceria com a editora e-Primatur, está inserida num projeto cultual mais amplo a que se junta uma exposição, intitulada “Bernardo Santareno, um médico na frota bacalhoeira” e uma peça de teatro de comunidade intitulada “O Lugre – Projeto de Teatro Comunitário”, dirigida pelo encenador Graeme Pulleyn.
Sinopse: «Não se conhecem ao certo as razões que levaram o médico António Martinho do Rosário, em 1957, a integrar a equipa de médicos da frota bacalhoeira portuguesa. Nesse ano embarcou no arrastão David Melgueiro. Na campanha seguinte integrou a tripulação do navio-motor de pesca à linha Senhora do Mar. Por fim, em 1959, fez parte da equipa de assistência médica do navio-hospital Gil Eannes.
Se é certo que na sua carreira profissional procurou variados trabalhos e sendo verdade que até ao momento em que estalou a polémica em torno de A Promessa, também em 1957, Santareno ainda não tinha uma fama assinalável de escritor oposicionista, é evidente que a pesca do bacalhau o atraiu como experiência de inspiração pessoal e literária. Embarcar juntamente com “os pescadores mais bravos do mundo”, como lhes chamara o repórter australiano Alan Villiers, na célebre Campanha do Argus – livro que Santareno leu e citou nas suas obras –, permitir-lhe-ia trabalhar e viver, suspenso do mundo, num universo esmagadoramente masculino, cheio de pulsões instintivas, muito próprias da vida a bordo durante longos meses, num ambiente quotidiano marcado pela violência do trabalho e inflamado pela rudeza dos homens.»
Álvaro Garrido in Prefácio
Bernardo Santareno é o pseudónimo literário de António Martinho do Rosário (1920 – 1980), considerado o maior dramaturgo português do século XX.
Licenciou-se em medicina em 1950 e entre 1957 e 1959 exerceu actividade médica junto da frota bacalhoeira portuguesa na Terra Nova. Esta experiência deu origem, no imediato, a uma colecção de textos escritos em pequenos blocos de notas e que mais tarde resultariam no presente título. Mas também nalgumas das suas mais famosas peças O lugre ou A promessa.
Bernardo Santareno iniciou-se na escrita como poeta sendo os seus três primeiros livros coleções de poesia. A partir de 1957, o teatro foi registo de eleição, tendo escrito 15 peças.
Esta é uma co-edição com a E-Primatur
Edição exclusiva e limitada à venda na livraria do Museu Marítimo de Ílhavo
ENCOMENDAS: 234 329 990 | [email protected]