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Nova estratégia para o atlântico
No seguimento de várias auscultações, a Comissão Europeia (CE) apresentou o seu Plano de Ação para uma Estratégia Marítima para a Região do Atlântico. Uma iniciativa importante para os Açores e para Portugal. Este plano permitirá aos países e regiões por ele abrangida otimizar os fundos do novo quadro financeiro de 2014-2020. Os Açores envolveram-se desde a primeira hora na construção desta estratégia que contribui para a valorização absolutamente indispensável da dimensão atlântica da União Europeia, tendo sido inclusive a primeira região do Atlântico a acolher uma reunião internacional preparatória, em 2012, na Horta.
A Europa precisa de relançar a sua dimensão atlântica e dinamizar uma estratégia que no plano interno contemple de uma forma integrada, não só as questões marítimas mas também as questões territoriais e que integre de igual modo uma indispensável dimensão externa que aproveite a posição geoestratégica das suas regiões atlânticas e fomente a cooperação internacional, onde o acordo comercial em preparação com os Estados-Unidos pode representar um marco crucial para o aproveitamento do potencial inexplorado de um verdadeiro mercado transatlântico integrado, que já hoje representa um terço do comércio mundial, mas que pode ser fortemente valorizado, colocando os Açores no centro deste novo polo de desenvolvimento mundial.
Com este plano de ação agora proposto dirigido a uma estratégia marítima para a região do atlântico, podemos ter uma peça importante na construção necessária de uma estratégia global Atlântica da UE, fundamental para a contrariar a sua perca de importância mundial. Com esta proposta pretende-se revitalizar a economia marinha e marítima na região do oceano Atlântico, envolvendo os Estados-Membros do Atlântico e as regiões como os Açores, no contributo para o crescimento sustentável nas regiões costeiras e para impulsionar uma «economia azul», que na Europa tem um potencial de criação de 7 milhões de postos de trabalho até 2020. Ao mesmo tempo, preservando o equilíbrio ambiental e ecológico.
O plano de ação visa áreas fundamentais no desenvolvimento do Açores e pretende dar resposta “aos desafios que representam o crescimento económico, a utilização sustentável dos recursos naturais do mar, a eficácia das respostas a ameaças e situações de emergência, a aplicação de uma abordagem de gestão com base nos ecossistemas nas águas do Atlântico e a redução da pegada de carbono”. Tem prioridades perfeitamente alinhadas com os desafios da nossa Região: Melhorar a acessibilidade e a conectividade; Promover o empreendedorismo e a inovação; Criar um modelo de desenvolvimento regional sustentável e socialmente inclusivo; proteger, assegurar e valorizar o ambiente marinho e costeiro.
Hoje, já numerosas atividades se desenvolvem, desde as tradicionais, como as pescas, a aquicultura, o turismo e o transporte marítimo, até às emergentes, como as energias renováveis e a biotecnologia marinha. Ao nível individual, os Estados-Membros do Atlântico e os Açores em particular são já muito ativos em alguns destes domínios. Agora, as ações centrar-se-ão em alavancar domínios essenciais como o desenvolvimento do mercado do turismo, a satisfação da procura crescente das energias renováveis, o alargamento da cooperação no domínio da investigação oceânica, a melhoria do ensino e da formação nos setores marítimos tradicionais e emergentes, bem como a avaliação dos impactos das alterações climáticas.
A Comissária Damanaki declarou: “O Atlântico tem um imenso potencial para o futuro desenvolvimento sustentável da Europa”. Eu acrescento “e das suas Regiões”.
Por: Luis Paulo Alves – 24 de Mai de 2013
Fonte: AçorianoOriental